Após a morte do papa Francisco, aos 88 anos, o Vaticano inicia os preparativos para a eleição do seu sucessor. Segundo as normas estabelecidas pela constituição apostólica ‘Universi Dominici Gregis’, promulgada por João Paulo II em 1996, o conclave deverá acontecer entre os dias 5 e 10 de maio, no intervalo de 15 a 20 dias após o falecimento.
Serão mais de 130 cardeais que participarão do Conclave
Os 135 cardeais eleitores, todos com menos de 80 anos, já se deslocaram para a residência de Santa Marta, no Vaticano, onde permanecerão durante todo o processo. Na manhã do primeiro dia, eles participam de uma missa solene na Basílica de São Pedro, seguida de uma procissão até a Capela Sistina, onde fazem um pedido de auxílio ao Espírito Santo.
Sob a famosa abóbada pintada por Michelangelo, os cardeais prestam juramento com a mão sobre o Evangelho, e, em um ritual herdado da Idade Média, as portas da Capela são fechadas com o comando “extra omnes”, garantindo o sigilo e a independência do processo eleitoral.
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A votação ocorre por meio de cédulas, nas quais os cardeais escrevem o nome do candidato, seguindo regras rígidas de confidencialidade. Cada voto é depositado na urna, e a contagem é feita por um grupo de escrutinadores. Para que um novo papa seja eleito, é necessário obter uma maioria de dois terços dos votos.
Se após várias rodadas de votação nenhum candidato alcançar a maioria, o processo é suspenso por um dia de oração. As cédulas queimadas, com a fumaça visível na chaminé da Capela Sistina, indicam se houve ou não eleição: fumaça preta significa que ainda não há novo papa, enquanto fumaça branca anuncia a escolha do pontífice.
Quando um cardeal é eleito, ele é questionado sobre sua aceitação e o nome que deseja adotar. Após a confirmação, o novo papa é anunciado com o tradicional “Habemus Papam” na varanda de São Pedro, seguido da sua primeira bênção “urbi et orbi”.
Será possível acompanhar todas as imagens diretamente do Vaticano:
