Camaquã está prestes de passar por um momento histórico.
Neste sábado (18), a comunidade terá a oportunidade de conhecer de perto, uma
réplica do lendário barco Seival, utilizado por Giuseppe Garibaldi.
Textos históricos apontam que a embarcação foi construída na
cidade de Camaquã. Na estância de dona Antônia, foi que os farrapos, até então
restritos à luta em terra, ergueram um estaleiro para construção de dois barcos:
Seival e Farroupilha.
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Com o aval de Bento, Garibaldi, então com 26 anos, construiu
os dois barcos na Estância da Barra, propriedade de uma irmã do presidente
rio-grandense às margens do Rio Camaquã.
Seival foi utilizado por Giuseppe Garibaldi na Tomada de
Laguna, que culminou com a proclamação da República Juliana, durante a Guerra
dos Farrapos. O nome é alusão à vitória na Batalha do Seival, em data anterior
à fabricação do barco.
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A Associação Socioambiental Amigos do Seival (ASAS),
idealizou um projeto para construção de uma réplica da embarcação. Após diversas
etapas, a obra teve início no dia 16 de dezembro de 2019.
A construção da réplica do barco Seival iniciou no antigo
espaço do Corpo de Bombeiros no Ginásio Municipal de Esportes. O projeto tem
como objetivo promover estudos, discussões e debates sobre a história,
construir e reconstruir conhecimentos históricos referente a Guerra do
Farrapos, desenvolver turismo, propiciar educação, cultura e lazer as
comunidades locais, bem como desenvolver projetos socioambientais nas regiões
ribeirinha e escolas públicas e privadas das cidades visitadas.
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Depois de muito trabalho, o barco finalmente está pronto.
São aproximadamente 16 toneladas, 15 metros de comprimento, quatro metros de largura
e três metros de altura.
O clima é de grande expectativa para a apresentação da
estrutura para a comunidade camaquense neste sábado (18), em cerimonia que será
realizada no Complexo Poliesportivo Rui de Castro Netto (Prainha). A estrutura
será removida ao local, através de uma carreta da prefeitura de Camaquã,
equipada com uma prancha.
Mosquetes e um canhão serão instalados no convés, em uma
espécie de museu para fins educativos. Uma luneta do período em que as
navegações ocorreram, e que pode ter sido usada por Garibaldi, também estarão
nos itens.
A embarcação deverá seguir rumo a Ilha Santo Antônio, onde
deve permanecer, até seguir viagem rumo ao porto de Laguna em Santa Catarina.
Depois, através de um projeto audacioso, deve viajar rumo a Itália.
O trajeto possui um cronograma, que segundo os organizadores
deve respeitar a cronologia da época. Nos dias atuais, é impossível fazer o
percurso para Santa Catarina por terra, como foi no barco original, mas a ideia
é fazer o máximo possível, do percurso realizado por Garibaldi.
O professor Antônio Rodrigues de 58 anos, é o criador do
projeto. Ele esteve em diversas oportunidades na Rádio Acústica FM, onde
concedeu entrevistas com detalhes sobre a obra.
Relembre entrevista concedida por ele na época em que o projeto
foi lançado na cidade:
