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Confira os possíveis sucessores do Papa Francisco, morto aos 88 anos

Entre os favoritos para liderar a Igreja Católica, dois cardeais brasileiros estão nas opções de possíveis sucessores

Nesta segunda-feira (21), o Papa Francisco morreu aos 88 anos. Com isso, a Igreja Católica se prepara para iniciar um novo Conclave, processo responsável pela escolha do novo papa. A eleição deve ocorrer em até 20 dias após a morte do pontífice.

Confira os possíveis sucessores do Papa Francisco, morto aos 88 anos
Confira os possíveis sucessores do Papa Francisco, morto aos 88 anos. Foto: Reprodução/Vatican Media

Dentre os nomes cotados para suceder o Papa Francisco, há sacerdotes de diversos países, incluindo dois brasileiros. Veja alguns dos possíveis sucessores (os nomes indicados em negrito são considerados favoritos para a posição):

Cardeal Leonardo Ulrich Steiner (Brasil) – Arcebispo Metropolitano de Manaus, primeiro cardeal da Amazônia brasileira

Cardeal Sérgio da Rocha (Brasil) – Também brasileiro, é um dos nomes considerados no cenário internacional para assumir o comando da Igreja.

Cardeal Pietro Parolin (Itália) – Atual secretário de Estado do Vaticano, ocupa o segundo posto mais importante da hierarquia da Santa Sé desde 2013.

Cardeal Matteo Zuppi (Itália) – Arcebispo de Bolonha desde 2015, foi nomeado cardeal pelo Papa Francisco em 2019, liderou a conferência episcopal italiana.

Cardeal Pierbattista Pizzaballa (Itália) – Patriarca latino de Jerusalém, foi nomeado cardeal pelo Papa Francisco em 2023.

Cardeal Christoph Schoenborn (Áustria) – aluno do Papa Bento XVI e, portanto, atraente para os conservadores.

Cardeal Marc Ouellet (Canadá) – chefe do escritório dos bispos do Vaticano de 2010 a 2023

Cardeal Jean Marc Aveline (França) – Arcebispo de Marselha, é apontado por alguns como o favorito de Francisco, sendo considerado o mais alinhado com o estilo do pontífice argentino.

Cardeal Péter Erdo (Hungria) – Arcebispo de Budapeste, tem perfil conservador e é reconhecido por sua sólida formação acadêmica. Durante muito tempo, foi o cardeal mais jovem da Europa.

Cardeal José Tolentino de Mendonça (Portugal) – Atualmente é o prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação.

Cardeal Mario Grech (Malta) – Também está entre os nomes lembrados para o cargo mais alto da Igreja Católica.

Cardeal Luis Antonio Tagle (Filipinas) – Trazido por Francisco para chefiar o escritório missionário do Vaticano. Outro nome considerado forte dentro do cenário internacional.

Cardeal Robert Francis Prevost (Estados Unidos) – É um dos cardeais norte-americanos citados para o posto.

Cardeal Wilton Gregory (Estados Unidos) – Arcebispo de Washington D.C., é o primeiro cardeal afro-americano da Igreja e foi nomeado por Francisco.

Cardeal Blase Cupich (Estados Unidos) – Também nomeado por Francisco, é arcebispo de Chicago.

Cardeal Fridolin Ambongo Besungu (República Democrática do Congo) – Integra a lista de possíveis sucessores com uma forte atuação na África.

Conclave

Até que seja eleito o nome do futuro papa, a direção da Santa Sé fica sob a responsabilidade do Colégio Cardinalício, composto por 252 cardeais. Nesta eleição, 135 participarão do conclave que escolhe o novo líder da igreja. Os outros 117, todos com idade de 80 anos ou mais, são considerados não eleitores e não participam da reunião.

Sete cardeais brasileiros estão inclusos na lista do Vaticano para participar do Conclave: Sérgio da Rocha,arcebispo de Salvador; Jaime Spengler, presidente da CNBB e arcebispo de Porto Alegre; Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo; Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro; Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília; João Braz de Aviz, arcebispo emérito de Brasília; Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo de Manaus.

O novo conclave deve acontecer de 15 a 20 dias, após a vacância da Sé Apostólica. No dia escolhido para o conclave, os cardeais eleitores celebram missa na Basílica de São Pedro, no Vaticano, e depois vão em procissão até a Capela Sistina, entoando a monofônica Ladainha dos Santos. Sob a obra do Juízo Final de Michelangelo, eles fazem o juramento de segredo absoluto durante e depois do conclave.

Após o juramento final, o mestre de cerimônias litúrgicas dá a ordem “Extra omnes” (todos fora), momento em que os cardeais não eleitores deixam a capela, com exceção de um, que permanece e lê uma meditação sobre as qualidades que um papa deve ter e os desafios que a Igreja enfrenta. Após a oração, ele e o mestre de cerimônias deixam os cardeais para começar a votar.

O papa só é escolhido com uma maioria de dois terços dos votos. No Dia 1 do conclave, apenas uma rodada de votação é realizada; após isso, os cardeais votam duas vezes pela manhã e duas à tarde, até resultar num vencedor.

Papa Francisco

Francisco, nome escolhido por ele para seu pontificado, nasceu Jorge Mario Bergoglio. Argentino de Buenos Aires, foi o primeiro papa das Américas. Filho de imigrantes italianos, era o mais velho de cinco irmãos: dois homens e três mulheres.

Ainda jovem, chegou a formar-se técnico em química, mas, pouco depois, escolheu o caminho do sacerdócio. Licenciou-se em filosofia, foi professor de literatura e psicologia e, posteriormente, licenciou-se também em teologia.

Foi ordenado sacerdote em dezembro de 1969, prestes a completar 33 anos. Já como padre jesuíta, foi nomeado bispo auxiliar de Buenos Aires e, posteriormente, em 2001, como cardeal, pelo então papa João Paulo II.

Como arcebispo de Buenos Aires, diocese com mais de 3 milhões de pessoas, elaborou um projeto missionário centrado na comunhão e na evangelização e com foco na assistência aos pobres e aos enfermos.

Francisco foi sucessor do papa emérito Bento XVI que, em fevereiro de 2013, aos 78 anos, renunciou ao pontificado em razão de problemas de saúde. Francisco chegou a presidir o funeral de Bento XVI, em janeiro de 2023, com uma homilia em que o comparava a Jesus.

Em meados de 2024, sobre a possibilidade de também ele renunciar, Francisco se referiu ao tema como “hipótese distante”, já que ainda mantinha saúde suficiente para seguir com seu papado. “Não tenho motivos sérios o suficiente para me fazerem pensar em desistir”. Fonte: Agência Brasil

Tags: Conclave, papa francisco