Um dos presos da ofensiva da Polícia Civil realizada nesta quinta-feira contra a guerra entre facções em Porto Alegre, é Paulo Ricardo Santos da Silva, o Paulão da Conceição.
A operação realizada durante a manhã na Capital e em mais quatro municípios da região mirou lideranças de três organizações criminosas que estão por trás de uma disputa que já deixou dezenas de mortos e feridos neste ano na Capital. Condenado em 2017 a 28 anos de prisão por homicídio, Paulão da Conceição, 63 anos, havia recebido uma tornozeleira eletrônica em fevereiro de 2022.
A prisão domiciliar humanitária foi concedida pelo período de 90 dias ao apenado, considerado um dos maiores traficantes de drogas do Estado, em razão de um problema de saúde. Hoje pela manhã ele foi detido com o equipamento na ação policial
A ofensiva desta quinta, chamada “Senhores do Crime”, busca cumprir 32 mandados de prisão e 23 de busca e apreensão. Os investigados, conforme a polícia, mantêm negociações diárias por drogas e armas, inclusive granadas. Além disso, firmam acordos, anunciam guerra entre si e delimitam territórios, buscando o lucro próprio. Paulão é apontado pela polícia como ex-líder do tráfico de drogas na Vila Maria da Conceição, no bairro Partenon, na zona leste de Porto Alegre.
Ele cumpre pena pelo envolvimento no assassinato a tiros de Maicon Gilberto Silva da Silva, em julho de 2008. A condenação ocorreu em julho de 2017. A primeira sentença de Paulão por tráfico de drogas ocorreu em 2012, após 30 anos de passagens pela polícia. No mesmo ano, ele também foi condenado a 15 anos de prisão pela morte de um desafeto dentro do Presídio Central, em 2007.
Em setembro de 2008, quando cumpria prisão domiciliar por alegar problemas cardíacos, Paulão fugiu ao saber de uma megaoperação do Ministério Público para prendê-lo. Ele foi preso novamente em março de 2010, em Copacabana, no Rio de Janeiro.
