O índice de reajuste para o Piso Regional 2013 foi debatido por representantes das federações empresariais e do Governo do Estado, nesta segunda-feira (05), no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES-RS). A pedido do governador Tarso Genro, a atividade foi realizada para que as entidades patronais apresentassem seu posicionamento em relação ao valor a ser definido para o próximo ano. Participaram do encontro dirigentes da Federasul, Fiergs, Fecomércio, FCDL, FBHA e Farsul.
“O Governo quer buscar entendimento entre as partes envolvidas para desenvolver sua política de valorização do piso regional no Rio Grande do Sul”, explicou o secretário executivo do CDES-RS, Marcelo Danéris, que recebeu os representantes das federações na sede do Conselhão. A atuação do Executivo gaúcho em favor do setor empresarial foi detalhada pelo secretário. Como exemplos, Danéris citou o não aumento de impostos, o novo Fundopem, apoio e financiamento ao cooperativismo e à economia local; incentivos aos Arranjos Produtivos Locais (APLs), Plano Safra gaúcho, Simples, investimentos em pesquisa científica, ensino técnico e superior, política à indústria oceânica e ao Polo Naval.
Posição
Os representantes de federações manifestaram-se contrários à existência do Piso Regional argumentando que o mesmo ocasiona a perda de competitividade do Estado em relação a outros que não o possuem. Diminuição de lucros, aumento de inflação e geração de emprego informal também foram questões levantadas pelos dirigentes das entidades patronais, que argumentaram sobre as dificuldades que a indústria e o comércio enfrentam para a definição do índice do próximo ano.
O Governo do Estado tem até 16 de novembro para anunciar sua decisão sobre o índice de reajuste para 2013. A busca de consenso sobre a política de reajuste do Piso está sendo debatida no âmbito do CDES-RS. Atividade semelhante foi realizada com dirigentes das centrais sindicais. Eles solicitaram reajuste de 13% para o Piso Regional, a vigorar a partir de 1º de janeiro de 2013, além de uma política permanente que considere a média de crescimento do PIB gaúcho e nacional dos dois últimos anos mais a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).