No Brasil, 15% das mulheres mantêm a ingestão de álcool na gravidez. Foto: Ilustração/Pixabay
Esta quinta-feira, 9 de setembro, é o Dia Mundial de Prevenção da Síndrome Alcoólica Fetal. Esse é o nome do quadro mais grave causado ao bebê, quando a mãe, gestante, consome bebida alcoólica. No Brasil, 15% das mulheres mantêm a ingestão de álcool mesmo ao estarem grávidas. A estimativa é preocupante, porque isso traz riscos de transtornos neurológicos e neurocomportamentais para o feto. Além disso, o consumo de álcool durante a gestação pode provocar, no bebê, o chamado transtorno do espectro alcoólico fetal e, até mesmo a síndrome alcoólica fetal, uma doença sem cura.
Referência nacional no assunto, o Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA) está à frente da campanha de conscientização contra o consumo de bebida alcoólica, na gestação. Para a médica pediatra, especialista em neonatologia, da entidade, Conceição Segre, não existe consumo moderado de bebida alcoólica para grávidas, “é tolerância zero”. Segundo ela, o álcool age diretamente na formação de órgãos, no sistema nervoso e nas características faciais da criança.
Segundo o CISA, não há dados sobre a situação, no Brasil. Mas um estudo feito na periferia de São Paulo apontou que, a cada mil nascidos, 38 bebês sofriam de algum transtorno relacionado à ingestão de álcool, por parte da mãe, na gravidez. No entanto, esse número pode ser muito maior, já que, segundo a entidade, nem 1% das crianças afetadas são diagnosticadas.
A engenheira agrônoma, Cleísa Brasil, de 50 anos, levou mais de três anos para conseguir o diagnóstico da filha, que hoje tem 11. Adotada aos nove meses, a pequena já apresentava atrasos neurológicos, que levaram à microcefalia, deficiência intelectual e características na face, comuns da síndrome alcoólica fetal. Para ela, é importante a criação de uma lei nacional que aborde políticas públicas, sobretudo na capacitação de profissionais, e que a inclusão seja um direito das famílias.
Cleísa argumenta que, sem diagnóstico, é mais difícil promover a inclusão das crianças no ambiente escolar, porque acabam não sendo atendidas e acolhidas da forma adequada. Além disso, os casos menos graves – do transtorno do espectro alcoólico fetal – não geram características físicas específicas, o que dificulta mais ainda, o diagnóstico.
No mundo, a cada mil bebês que nascem, de seis a nove têm a síndrome alcoólica fetal (SAF). Especialistas alertam que existe tratamento para a síndrome e que a prevenção pode chegar a 100% se a mulher suspender totalmente o consumo de bebida alcoólica durante a gestação.
Móveis de madeira conferem elegância e aconchego ao ambiente, mas também exigem cuidado — especialmente…
Regularização evita cancelamento de documento do eleitor
Investigação do MPF identificou a atuação irregular de 45 entidades associativas envolvidas nos descontos indevidos
Rogério Barbosa falou sobre os preparativos para o evento que ocorre de 12 a 18…
Texto foi publicado na edição desta quarta-feira (7) do Diário Oficial da União
Mais de 20 milhões de declarações foram entregues
This website uses cookies.