A Coreia do Norte disse a embaixadas estrangeiras para considerarem a possibilidade de retirada de pessoal caso as tensões aumentem, informou nesta sexta-feira a agência de notícias oficial da China, Xinhua, citando fontes diplomáticas. A Rússia já havia informado que Pyongyang pediu a retirada dos funcionários de sua embaixada na capital em função do aumento da tensão na península coreana.
“Em 5 de abril, um representante da chancelaria da Coreia do Norte propôs que a Rússia estude a evacuação dos funcionários de sua embaixada diante do agravamento da situação na península coreana”, disse o diplomata Denis Samsonov. Ele acrescentou que Moscou atualmente estuda que decisão adotará.
Samsonov ressaltou que a situação na capital norte-coreana é de normalidade. “Não está ocorrendo nada de extraordinário. A não ser por hoje ser feriado. A embaixada trabalha de forma habitual”, disse. As embaixadas da Rússia, China e Cuba estão entre as poucas credenciadas a funcionar na Coreia do Norte.
Crítica – A Rússia, que compartilha apenas 20 quilômetros de fronteira com a Coreia do Norte, considera inadmissível a decisão de Pyongyang de buscar meios para legitimar seu status de país nuclear. “Intenções como essa complicam gravemente, se não chegam a fechar, as perspectivas de reatamento das conversas de seis lados para a solução do problema nuclear na península de Coreia”, disse na quinta-feira o porta-voz da chancelaria russa, Aleksandr Lukashevich. A China, considerada a principal aliada do regime comunista norte-coreano, pediu cautela às duas partes.
Em 26 de março, a Coreia do Norte anunciou que havia colocado seus mísseis e unidades de artilharia “em posição de combate”, com mira na Coreia do Sul, no território continental dos Estados Unidos e nas bases militares americanas no Pacífico. Em seguida, em 30 de março, Pyongyang declarou estado de guerra contra a Coreia do Sul.
Nesta sexta-feira, a Coreia do Sul deslocou dois navios de guerra com capacidade para interceptar mísseis balísticos para sua costa, depois de detectar indícios de que a Coreia do Norte pode estar preparando um ataque nos próximos dias. Citando um alto oficial militar, a agência Yonhap aponta que, após um mês de ameaças, a Coreia do Norte transferiu de trem, no início desta semana, dois mísseis Musudan e os colocou em plataformas de lançamento móveis na costa leste, no que seria um dos últimos preparativos antes de um lançamento surpresa.
O governo do Brasil pretende manter, por enquanto, a Embaixada do Brasil na Coreia do Norte em funcionamento. No local, estão o embaixador Roberto Colin e um funcionário. A embaixada foi aberta em 2009. O Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, confirmou ter recebido o aviso do governo norte-coreano de que todas as representações estrangeiras terão apoio, se quiserem retirar seus funcionários do país.
A Embaixada do Brasil na Coreia do Norte recebeu hoje (5) o comunicado do governo norte-coreano instruindo as representações diplomáticas a informarem sobre a necessidade de apoio logístico para a saída de seus funcionários do país. Segundo o Itamaraty, não houve decisão sobre a retirada dos funcionários brasileiros. Porém, o assunto está sob análise.
Em situação de emergência, o Itamaraty informou que a Embaixada do Brasil na Coreia do Norte pode passar a desempenhar as atividades em Dandong, na China, que fica a quatro horas (por terra) do território norte-coreano. A Embaixada do Brasil também possui um abrigo subterrâneo e gerador próprio.
A Embaixada do Brasil em Pyongyang, capital da Coreia do Norte, informou ao Itamaraty que os brasileiros que vivem no país são a mulher do embaixador da Palestina e a filha caçula, assim como o embaixador do Brasil e a família dele – mulher e filho – além de um funcionário administrativo.
Ontem (4), o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, ressaltou a preocupação do governo brasileiro com a possibilidade de conflito nuclear na Península Coreana. “O que nós esperamos é que essa retórica se revele nada mais do que retórica e não desencadeie um conflito armado”, disse ele, na audiência pública na Comissão de Relações Exteriores, no Senado.
No último dia 31, a União de Nações Sul-Americanas (Unasul), da qual faz parte o Brasil, emitiu nota expressando preocupação com a possibilidade de uma guerra nuclear entre as duas Coreias. No texto, os governos defenderam a preservação da paz e da segurança, apelando pelo diálogo como meio adequado para pôr fim às diferenças.
As relações comerciais entre o Brasil e a Coreia do Norte são consideradas modestas pelas autoridades brasileiras. Mas há informações de que existem empresários brasileiros interessados em estabelecer relações econômicas e comerciais com o país. Em 2008, o intercâmbio comercial chegou a US$ 375 milhões.
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