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Cortes no Fies afetarão 15 mil alunos gaúchos, diz sindicato

Mesmo com uma determinação judicial para reabrir as inscrições do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), o Ministério da Educação (MEC) afirmou nesta segunda-feira (04) que os recursos estão esgotados.  

Com isso, cerca de 15 mil alunos devem ser afetados no Rio Grande do Sul, conforme estimativa do Sindicato do Ensino Privado do Estado (Sinepe). Conforme o presidente da entidade, Bruno Eizerik, haverá uma evasão absurda nas universidades gaúchas por conta do governo. Esses 15 mil alunos estão frequentando aulas desde março, à espera do financiamento, mas agora terão de abandonar os estudos — lamentou Eizerik. Em coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira, o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, afirmou que o site do programa chegou ao pico de 57 mil acessos simultâneos, e o “sistema funcionou”.

Conforme informações da Zero Hora, os problemas nas inscrições do Fies motivaram pelo menos 16 ações de sindicatos ligados ao ensino privado do país, entre eles o gaúcho. Os R$ 2,5 bilhões destinados a novas vagas atenderão mais de duzentos mil estudantes, que tiveram o pedido de financiamento aprovado. Com isso, mesmo que a Justiça tenha determinado a reabertura das inscrições, o governo garantiu não ter dinheiro para outras vagas.

Os dados foram divulgados em uma coletiva de imprensa do ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, na tarde desta segunda-feira. Com o esgotamento de recursos, o MEC afirmou não poder atender a determinação judicial que determinou a reabertura das inscrições para o Fies, encerradas no dia 30 de abril.

Em nota, a assessoria de imprensa do MEC informou que o órgão ainda não foi notificado oficialmente da decisão, por isso ainda não encaminhou recurso. Já as renovações de contratos do Fies podem ser feitas até 29 de maio.  A segunda edição do programa em 2015, no segundo semestre, não está garantida. Segundo Ribeiro, a abertura das inscrições depende da destinação de mais recursos pelo governo federal. Em 2016, o programa voltará “certamente” a oferecer vagas, de acordo com o ministro.