A Fundação Oswaldo Cruz detectou 25 casos de uma cepa da
variante Ômicron, no Rio Grande Sul. A cepa recombinante XQ apresenta uma
mistura do genoma de duas linhagens do vírus da covid.
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A XQ já tinha sido identificada em casos isolados, em Santa
Catarina, São Paulo e Minas Gerais. No entanto, de acordo com a Fiocruz, os
dados de sequenciamento indicam que o estado gaúcho é o primeiro onde há uma
transmissão local do vírus, com registros em diferentes municípios.
A análise foi feita em amostras referentes aos meses de
março a maio e mostrou um aumento gradual no número de diagnósticos no período.
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Casos da recombinante XQ já foram detectados mundialmente,
em especial no Reino Unido. De acordo com Paola Resende, pesquisadora do
Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz, até
o momento, não há indicação de que o vírus esteja associado a maior gravidade de
casos.
A pesquisadora ressalta, no entanto, que é necessário
monitorar sua evolução, já que a nova cepa traz no genoma uma recombinação de
duas linhagens da Omicron, que é considerada pela OMS, Organização Mundial da
Saúde, uma variante de preocupação. Paola Resende defende que é preciso manter
as estratégias de controle já utilizadas para evitar o aumento de casos.
Além da XQ, casos pontuais de outras cepas recombinantes da
Ômicron também têm circulado no Brasil.
Detectada no país, a partir de novembro de 2021, de acordo com a
Fiocruz, a Ômicron atualmente responde por quase 100% dos casos em território
nacional.
Texto: Fabiana Sampaio/Agência Brasil
