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Cpers cobra Governo do Estado por falta de funcionários nas escolas

Reprodução/Redes Sociais
Reprodução/Redes Sociais

A  volta ás aulas para os mais de 780 mil alunos matriculados, tem mostrado uma realidade que afeta muitas escolas estaduais em todo o Rio Grande do Sul. A falta de Professores e funcionários responsáveis pela limpeza e merenda. No colégio Júlio de Castilhos, na capital Porto Alegre, tem somente uma merendeira para atender cerca de mil alunos. De acordo com o Cpers, um levantamento feito pelo Sindicato no início do ano aponta que das 158 escolas vistoriadas, foi registrada a falta de quase 300 educadores. Uma média de 88 professores, 128 funcionários e 80 especialistas. Além dos problemas de infraestrutura nas escolas como falta de rede elétrica, internet, banheiros e até telhados em algumas escolas.

Para o Vice-Presidente do Cpers, Edson Garcia, o caso já é recorrente e vem piorando nos últimos anos:

– Essa é a realidade desse reinício de ano letivo, é muito difícil nos deparamos com essa realidade. Uma escola não se faz somente com a chegada de comida, grades e telhados ela precisa de pessoas. E nós vemos nesses últimos anos uma desvalorização dos profissionais na educação.

Segundo o Governo do Estado, por meio da Secretaria da Educação (Seduc), vai realizar um repasse de R$ 30 milhões do programa Agiliza Educação, que destina recursos para que as próprias escolas executem obras e reparos de baixa complexidade. Valores que segundo o Sindicato não chegaram as escolas:

– Nós passamos esses últimos anos sem bibliotecas, ano passado o governo anunciou que tinha recursos para as escolas e o dinheiro não chegou até hoje. Relatou.

A não renovação dos quase 25 mil contratos temporários também é uma reinvindicação da categoria:

-É muito difícil falar em educação sem falar nas pessoas. O processo educacional não se dá sem a presença das pessoas. Afirmo Garcia.

Ano passado o Governo do Estado teve problemas com as empresas terceirizadas que não realizavam o pagamento dos funcionários de limpeza e cozinha. No Colégio Júlio de Castilhos por exemplo, há somente uma funcionária da cozinha para atender cerca de mil alunos dos três turnos do ensino médio. Segundo a Vice-Diretora do Colégio Júlio de Castilhos, Paola Ribeiro, as escolas buscam junto a Secretária de Educação funcionários para suprir a carência:

– A gente infelizmente estamos com falta de professores o que impacta no começo do ano letivo. É uma escola imensa e temos pouquíssimos funcionários para atender. 

De acordo com a Secretária os concursos para os funcionários poderiam ser uma alternativa. “São dificuldades que existem mas sempre tentamos dar conta para não prejudicar o aluno, mas é um trabalho coletivo que precisa do apoio da mantenedora com o respaldo material, financeiro e humano para a gente poder começar o ano pleno”. Relatou Ribeiro.

A reportagem da Acústica FM, entrou em contato com a Secretária de Educação do Estado e aguarda uma resposta.