O inverno se aproxima no Rio Grande do Sul, com isto se gera um alerta sobre a redução significativa de leitos pediátricos nos hospitais e carência de profissionais em diversas regiões do Estado. Em entrevista ao Programa Primeira Hora desta segunda-feira (01), o diretor-geral do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS), Fernado Uberti Machado, falou sobre o impacto desta situação no RS e destacou fatores que favoreceram esta superlotação das emergências.
Conforme o médico, esta situação se agrava desde 2022, um fator que se agrava no período de inverno como as mudanças climáticas:
“Há uma rede insuficiente de leitos no Estado, como UTIS, há uma má distribuição de profissionais e isso ocorre não só com pediatras, mas com várias especialidades. Não há uma política pública que atraia e fixe profissionais”, diz Uberti.
De acordo com levantamento realizado pelo Simers, entre 2019 e 2023 houve uma redução de 4% do número de serviços de Urgência e Emergência, tanto particulares como pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O mesmo percentual se aplica para os leitos complementares de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Já em Porto Alegre, foram 16% a menos dos leitos existentes no período, com uma redução de 20% apenas dos leitos SUS.
O número de profissionais de pediatria no Estado é suficiente, segundo o diretor, que aponta que ocorre uma má distribuição destes por parte do Sistema Único de Saúde (SUS). Machado afirma que faltam condições estruturais e remuneratórias que promovam a adesão ou permanências dos médicos pelo SUS, com isto resultando numa crise na saúde pública.
Confira a entrevista com o doutor Fernando Uberti Machado
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