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Crise no IPE Saúde: solução prometida pelo governo para resolver problemas no instituto se arrasta há mais de um mês

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

O Governo do Estado criou há mais de trinta dias uma comissão em
conjunto com as federações dos hospitais para buscar soluções aos problemas da crise
enfrentada pelo IPE Saúde, mas até então, nenhum avanço foi apresentado aos
segurados do plano. A promessa ocorreu após uma coletiva no palácio Piratini entre
as partes no dia 03 de junho. No entanto, por meio da Casa Civil, o executivo
estadual tem se limitado a dizer que “seguem as negociações com os hospitais”. 

 No impasse, estava a dívida com as instituições de saúde. O Piratini
afirmou que iria buscar formas de quitar o passivo de R$ 475 milhões do plano
de saúde com os hospitais. Além dessa questão, governador Ranolfo Vieira Junior disse ainda
que o Estado realizaria um estudo sobre quais tabelas de prestação de serviços
estariam defasadas e poderiam sofrer alguma correção, para equilibrar a relação
financeira entre o IPE Saúde e os hospitais. Foram citadas como opções as
diárias de internações e taxas de logística.

A falta de informações sobre as negociações tem incomodado
parlamentares da Subcomissão criada para tratar do Assunto na Assembleia
Legislativa, conforme ressalta o deputado Thiago Duarte do União Brasil

 “Nós formamos essa comissão a partir da dificuldade institucional
de que a Assembleia tem sofrido para ter acesso às informações das negociações do
IPE Saúde com os hospitais e médicos, inclusive estes profissionais tem reclamado
que não têm sido ouvidos, assim como os representantes das clínicas
oncológicas.” Mas o principal foco desta comissão é o atendimento ao segurado
do IPE Saúde

 A origem dos recursos para pagar os hospitais está sendo estudada
pela comissão, que é liderada pelo chefe da Casa Civil, Artur Lemos. Outro motivo da crise, a
nova tabela de referência de preços pelo uso de medicamentos, que rebaixou
as receitas das instituições, foi mantida, mas até  ainda
está em discussão. Em junho, os hospitais conveniados ameaçaram suspender os
atendimentos eletivos aos segurados, até que governo entrou em cena e foi
selada uma trégua com a criação do grupo de trabalho.

Segundo as federações que representam os hospitais, as três
novas tabelas de remunerações pelos serviços prestados, publicadas pelo governo,
principalmente a dos medicamentos, causaria queda abrupta na receita dos
hospitais. O IPE Saúde calcula que essa redução será de R$ 60 milhões
ao ano, enquanto os hospitais dizem que chegará em R$ 244 milhões.

Em nota o governo diz que: 

Na reunião do último dia 14, se deu sequência à agenda de entendimento e diálogo já mantida em encontros anteriores, referente à construção de acordo entre IPE Saúde e Federações Hospitalares quanto aos repasses de recursos. Entre os tópicos abordados, foram pontuados ajustes nas tabelas de medicamentos e materiais, entre outros. A negociação segue em curso, motivo pelo qual não é possível adiantar detalhes, inclusive em respeito ao encaminhamento para condução das tratativas em via direta e exclusiva com as federações, diz a nota