O Rio Grande do Sul enfrenta um dos seus maiores desafios sanitários recentes com a confirmação de um foco de influenza aviária em uma granja no município de Montenegro. O secretário estadual da Agricultura, Edivilson Brum, detalhou em entrevista ao programa Primeira Hora, desta quarta-feira (21), as medidas adotadas para conter o surto e mitigar os efeitos econômicos na cadeia produtiva e nas exportações gaúchas.
Receba todas as notícias da Acústica no seu WhatsApp tocando aqui!
O alerta foi dado após a identificação do vírus da gripe aviária em uma propriedade rural de Montenegro, levando à depopulação imediata de cerca de 2.000 frangos. O secretário destacou que a medida foi fundamental para evitar a disseminação da doença: “O isolamento rigoroso da área e a eliminação dos animais infectados são procedimentos indispensáveis para proteger a avicultura do Estado”, afirmou Brum.
Seguindo protocolos do Ministério da Agricultura, equipes técnicas realizaram visitas a 542 propriedades localizadas em um raio de 10 quilômetros ao redor da granja afetada. “O objetivo foi identificar possíveis novos focos e garantir a segurança sanitária da região. Até o momento, não foram encontrados outros casos, o que demonstra a eficácia da resposta rápida”, explicou o secretário.
Após a limpeza e sanitização completa da granja, foi estabelecido o chamado “marco zero”, a partir do qual inicia-se um período de vazio sanitário de 28 dias. “Esse intervalo é crucial para garantir a erradicação do vírus e a segurança para retomada das atividades”, ressaltou Brum.
A resposta à crise envolveu a colaboração do Ministério da Agricultura, Batalhão Ambiental da Brigada Militar, prefeitura de Montenegro e diversas secretarias estaduais. “A união de esforços foi essencial para a rápida contenção do surto e para o suporte aos produtores afetados”, destacou o secretário.
Além do risco sanitário, a preocupação maior está no impacto econômico, especialmente nas exportações de carne de frango, um dos principais produtos do agronegócio gaúcho. “Estamos discutindo, junto ao governo federal e entidades do setor, alternativas como a postergação de dívidas dos produtores e a criação de um fundo de investimento para garantir a sustentabilidade da cadeia produtiva”, informou Brum.
O secretário Edivilson Brum reforçou o apelo para que produtores e toda a população rural mantenham a vigilância e comuniquem imediatamente qualquer suspeita de doença nas aves. “A prevenção e o controle dependem do esforço coletivo. Só assim conseguiremos superar essa crise e proteger a avicultura do Rio Grande do Sul”, concluiu. Com ações rápidas e integradas, o Estado busca não apenas conter o surto, mas também preservar a confiança internacional e a vitalidade econômica do setor avícola gaúcho.
