O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deve ser denunciado ainda nesta quarta-feira (19) pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que investiga políticos suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras – revelado pela Operação Lava Jato. A denúncia está sendo produzida há semanas por uma equipe de procuradores diretamente ligada ao procurador-geral, Rodrigo Janot.
Ele foi apontado pelo empresário Júlio Almeida Camargo, em delação premiada, como recebedor de US$ 5 milhões em propina. O executivo é acusado de participar do esquema de corrupção para obter contratos de aluguel de navios-sonda com a diretoria Internacional da Petrobras. Segundo a denúncia, aí entraria a remessa enviada a Cunha.
Na Câmara, o clima já é de tensão e reação. Partidos como o PSOL confeccionam uma representação a ser enviada ao Conselho de Ética pedindo a abertura de processo de cassação. Líderes do partido também defendem o afastamento de Cunha da presidência da Casa.
Segundo informações do Legislativo, representações no Conselho de Ética pela cassação do deputado podem ser feitas por presidentes de partidos ou pela mesa diretora.
