Logo na primeira entrevista como treinador do Inter, em dezembro passado, Dunga sentenciou: D’Alessandro seria o seu capitão para a temporada que está começando. E o argentino tem demonstrado que incorporou o estilo “comandante” dentro e fora de campo. Antes de um dos treinamentos em Gramado, os jogadores formaram um círculo. No meio dele, D’Ale falava e gesticulava como se estivesse pedindo vibração para os companheiros em mais um trabalho da pré-temporada, que tem sido desgastante para os jogadores.
Assim que o círculo se desmanchou, D’Alessandro foi o primeiro a iniciar o circuito montado pelo preparador físico Paulo Paixão. A sintonia do capitão com o técnico Dunga também chama a atenção. Ambos conversam bastante durante as atividades. Pelo que tem se visto em Gramado, D’Ale, como é chamado por Dunga, carregará a missão de ser a voz do treinador dentro de campo.
A liderança de D’Alessandro sempre foi notória, mas parece ter ganhado força com as saídas de Bolívar e Guiñazu, dois jogadores que deixaram o Inter recentemente e também eram tidos como líderes do grupo. “O D’Alessandro é um jogador excepcional. Mesmo com uma certa experiência, eu procuro sempre ouvir o que ele passa para o grupo. Ele nos ensina muito. É uma pessoa maravilhosa”, define o zagueiro Índio, que, em 2013, está completando nove anos no Inter.
