Search
[adsforwp-group id="156022"]

De caricatura de ex-prefeito a protestos anti-capitalismo: Pichações tomam conta de Camaquã

img_3830_foto_1.jpg

A cidade de Camaquã tem sofrido com a ação de vândalos nos últimos dias. A população tem se deparado com diversas pichações, em diferentes áreas da cidade. Na noite desta segunda-feira (6), o internauta Adilio Ratto Jr. usou o seu perfil em uma rede social, para protestar contra as ações realizadas na Praça Coronel Sylvio Luiz. Foram postadas fotos de diversas pichações e de queima de objetos.

Uma das pichações mais repetidas foi uma caricatura com a expressão “Hilson Vive”. A ação é, possivelmente, uma referência ao ex-prefeito camaquense Hilson Scherer Dias.  Eleito em 10 de novembro de 1963, movido pelo slogan “Mocidade e Idealismo a Serviço de Camaquã”, o jovem político de 38 anos, derrotou nas urnas um nome já consagrado da política local, o Coronel Sylvio Luiz Pereira da Silva, que dá nome à praça alvo do vandalismo. Porém, seu mandato durou pouco. Aproveitando o Golpe Militar, seus opositores o derrubaram no ano seguinte.

Ações contra regimes governamentais também ocorreram, com pichações contra o neo-coronelismo e o capitalismo. Além da praça, outros órgãos públicos e imóveis foram alvo dos vândalos, como a agência do INSS, Parada de ônibus da Praça Donálio Lopes e Igreja Matriz.

O artigo 65 da lei nº 9.605 afirma que a pichação é crime e, quando realizado em monumento ou coisa tombada em virtude do seu valor artístico, arqueológico ou histórico, a pena é de seis meses a um ano de detenção e multa. Segundo a Brigada Militar e Polícia Civil de Camaquã, não houve registro de ocorrências.