Partidos políticos, entidades e deputados de esquerda, centro e direita, entregaram à Câmara dos Deputados na tarde desta terça-feira (30) o chamado “superpedido de impeachment” de Bolsonaro. O documento atribui 23 crimes de responsabilidade ao presidente da República.
Em declaração concedida ao site Metrópoles, a advogada Tânia Mara de Oliveira, que assina o pedido, afirmou que está caracterizado o crime de prevaricação por parte do presidente, em relação a negociação para compra do imunizante Covaxin.
“Levamos muito a sério uma acusação de crime, e todos os crimes que estamos imputando ele praticou mesmo. Por exemplo: prevaricação. Bolsonaro não negou que conversou com o deputado Luis Miranda e que ele sabia. Ele deixou de investigar os fatos criminosos. Isso é prevaricação”, disse ela.
Entre os movimentos que assinam o pedido, está o Movimento Brasil Livre (MBL), que outrora já apoiou Bolsonaro. Parlamentares de direita que já foram aliados do presidente, também assinam o pedido, como Alexandre Frota (PSDB-SP), Joyce Hasselmann (PSL-SP) e Kim Kataguiri (DEM-SP).
O pedido conta, no total, com 46 assinaturas. Atualmente há mais de 100 pedidos de impeachment protocolados contra Bolsonaro na Câmara.
A abertura de qualquer um deles depende do presidente da casa, Arthur Lira (Progressistas-AL).
Leia o documento na íntegra e quem assinou.