Fonte de renda para milhares de famílias gaúcha, a produção de leite no RS enfrenta uma grave crise em decorrência da entrada do produto oriundo da Argentina, Uruguai e Paraguai. Para buscar soluções para o setor, o deputado Zé Nunes, em parceria com o deputado Elton Weber, promoveu a reinstalação do Grupo de Trabalho (GT) sobre a atividade econômica do leite. O ato ocorreu dentro das atividades da Expointer, nesta sexta-feira.
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“Nosso objetivo, é contribuir com propostas, e sugerir medidas que garantam o fortalecimento da produção e da agro-industrialização de leite no Estado, com manutenção e geração de trabalho e renda para milhares de famílias. Assim, vamos trabalhar para fortalecer a nossa economia tradicional, afinal, neste momento, a tarefa mais urgente é debater e enfrentar a crise causada pela importação de leite”, declarou Zé Nunes.
Desde 2015, o RS já perdeu 52% de seus produtores por conta de um conjunto de equívocos e de políticas que não foram implementadas no Estado e também devido às duas resoluções que incentivaram a retirada de alíquotas de importação no ano passado. Além disso, ainda temos a nova conjuntura econômica, que acaba fazendo com que o leite da Argentina e do Uruguai seja competitivo no Brasil.
Em visita ao Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, o ministro da Agricultura Carlos Fávaro falou sobre ações do Governo Lula para amenizar a crise, como a compra de Leite por parte da Conab. Fávaro sinalizou que outras medidas ainda serão tomodas.
“É importante que o governo federal faça sua parte, mas o governo estadual é o maior interessado, e precisa se posicionar. Precisamos, portanto, de políticas estadual e federal que protejam a cadeia leiteira gaúcha. Precisamos também analisar todos os aspectos relacionados a esta importação, e construir propostas que façam com que o setor não seja inviabilizado, sempre pensando na renda das famílias, dos municípios e na segurança alimentar do povo”, acrescentou Zé Nunes.
Importante lembrar que a agricultura familiar contribui com quase 30% do PIB do Rio Grande do Sul, e a empresarial com outros 20%. Sendo assim, 50% do PIB está relacionado à cadeia da agricultura. Está no RS a maior força da agricultura familiar do país, em termos de atividade produtiva e econômica. E mesmo assim, o governo Leite não assume uma posição de protagonismo em sua gestão, especialmente em setores fundamentais para o desenvolvimento, como este.
Integram o Grupo de Trabalho as seguintes entidades: SEAPI, SEFAZ, SDR, MAPA, MDA, Ministério da Integração Nacional, Embrapa, EMATER, FETAG, FETRAF, FETAR, MPA, Farsul, Famurs, MST/Oceargs, FECOAGRO, SINDILAT, AGL, Ocergs, UNICAFES, APIL, Cooperativas Languiru, Pia, Dália, Coopar, Consulati e Sta Clara, GadoLando, GadoJersei, COOPLIB, UFRGS, UFPel, UFSM, UERGS, UFFS, Univates, Conselhos de desenvolvimento regional (Coredes) e CONAB.
Participaram da atividade de hoje, além dos deputados Zé Nunes e Elton Weber, o secretário estadual de Desenvolvimento Rural Ronaldo Santini, a representante do senador Paulo Paim, Cleonice Back, e representeantes do Sindilat, Apil, Fetraf, Fetag, Unicopas e Unicafes.
Texto: Marcela Martins Santos/Assessoria de Imprensa