O dólar hoje passou a operar em queda após um leilão de venda da moeda realizado pelo Banco Central do Brasil (BC), que visa conter a desvalorização do real. Na manhã desta quarta-feira, a moeda chegou a atingir o recorde de R$ 6,30 por volta das 10h10, mas a intervenção do BC ajudou a estabilizar a situação.
Receba todas as notícias da Acústica no seu WhatsApp tocando aqui!
Em um movimento adicional, o Banco Central anunciou um segundo leilão de US$ 5 bilhões programado para as 10h35, com o objetivo de aumentar a liquidez no mercado e controlar a volatilidade da moeda. A atuação do BC é uma resposta às pressões sobre o real, que continuam a ser influenciadas por fatores internos e externos.
Dólar hoje precisa reverter sequência de altas, segundo o BC
Com relação ao dólar hoje, o foco do mercado permanece no cenário fiscal do país. Nesta quarta-feira, o relator de um dos projetos do pacote de corte de gastos do governo federal apresentou seus pareceres na Câmara dos Deputados, preparando o terreno para a votação dos textos. No entanto, houve uma “desidratação” de algumas medidas, o que significa que certos pontos foram amenizados, resultando em uma contenção das despesas públicas menor do que o esperado.
Investidores estão atentos ao desenrolar das propostas que compõem o pacote de corte de gastos, com receios de que as medidas anunciadas não sejam suficientes para equilibrar as contas públicas e conter o avanço das despesas do governo. Há expectativas de que mais medidas do pacote sejam votadas nesta quinta-feira, o que poderá impactar ainda mais o mercado.
Além das questões fiscais, o mercado também repercute o relatório de inflação do Banco Central, que admitiu oficialmente que a meta de inflação para 2024 será descumprida pelo terceiro ano consecutivo. A meta estabelecida era de 3%, com uma margem de oscilação entre 1,50% e 4,50% para ser considerada cumprida, o que levanta preocupações sobre a trajetória econômica do país.