O prefeito Clênio Boeira decretou Situação de Emergência em cinco de junho. “Estamos numa situação anormal em toda área rural do município, devido à estiagem”, afirma. Prefeitura, Conselho de Municipal de Desenvolvimento Rural, EMATER-Ascar- RS e de outras entidades rurais do município já se reuniram com o representante da Coordenadoria Regional de Defesa Civil, Márcio André Facin, para avaliarem a situação no município. “A partir do Decreto, o Governo do Estado fará a homologação para que seja encaminhada a ajuda necessária, principalmente para o meio rural, que está sendo afetado”, disse Facin.
Será a segunda vez este ano que o município decretará Situação de Emergência devido à seca. O primeiro decreto foi assinado pelo executivo, em janeiro, e homologado pelo governo do estado, em fevereiro. “O que diferencia a nossa situação da anterior, é que agora há mais localidades com falta de água para o consumo humano”, observa o presidente do Conselho de Desenvolvimento Rural, Alvorino Miritz. Conforme levantamento da Secretaria de Desenvolvimento Rural Sustentável e Meio Ambiente e Emater, as localidades mais atingidas são Linha Datinha, Evaristo Teixeira, Passo do Lajeado, Faxinal, Herval, Laurentino Freire, Colônia Nova, Capivari, Cavadeira, Correia Netto, Costa Xavier, Zona dos Lopes, Gaspar Simões, São Valentim e Vila Fátima.
“A chuva veio, mas não resolveu nada, foi muito rápida”, diz o Conselheiro da Associação do Remanso, João Adelar. “No Remanso, nosso problema é com a pecuária e a lavoura – a safrinha de milho”. A escola da localidade e 54 famílias utilizam o poço. Já na Vila Fátima, Escola e unidade de ESF – Estratégia de Saúde da Família, estão sem água e tem abastecimento realizado pela Secretaria de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente. “O ideal é que tivesse um caminhão tanque grande, o que temos leva apenas 4,5 mil litros”, observa o Secretario Celmar Limberger. A Secretaria de Educação e Cultura solicitou também abastecimento para o colégio São Valentim.
“Está tudo atrasado”, disse o Presidente da Associação Getúlio Vargas, localidade de Santa Rita, Juí Martim Lopes. “A plantação não está se desenvolvendo – está só plantado e assim ficou”. O agrônomo e chefe de escritório da EMATER em Dom Feliciano, Ricardo Felicetti, disse que a preocupação dos produtores agora é com a plantio de aveia, azevém, pastagens, trigo e safrinhas. A máquina da Prefeitura, destinada a fazer serviços para Associação, está trabalhando na localidade para resolver questões emergenciais, como abertura de bebedouros.