Na manhã desta quarta-feira (11), a
economista chefe do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese), Daniela Sandi, concedeu entrevista ao programa
Primeira Hora da rádio Acústica FM. Foram tratados os assuntos pertinentes aos
dados divulgados, na última segunda-feira (09), da pesquisa realizada pelo departamento
que aponta um aumento de 12,11% no conjunto de 13 alimentos que compõem a
cesta básica.
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O aumento se refere na comparação entre
dezembro de 2021 e o mesmo mês do ano passado, da cidade de Porto Alegre. De acordo com o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação acumulada
nos últimos 12 meses era de 5,9%, metade do índice da cesta, ou seja, um os
produtos da cesta básica tiveram um aumento bem acima da inflação.
De acordo com a economista, este cenário
afeta diretamente o poder de compra de mais de 60 milhões de brasileiros que recebem
um salário mínimo e, com isso, 66% da renda é destinada para compra desses 13
produtos.
Questionada sobre o conjunto de fatores que
estão influenciando a alta do preço dos alimentos. Fatores conjunturais como o
clima e a seca e fatores estruturais que foram abandonados, como a, ausência de
políticas públicas de estoque reguladores, câmbio elevado, afetam o preço dos
alimentos segundo Sandi.
“É um conjunto de fatores, não é só o câmbio,
mas o custo de produção, clima e ausência de políticas públicas, para fazer a
alta dos alimentos”, conclui a especialista.
Questionada sobre o valor do salário mínimo no país, a economista disse que em dezembro de 2022, seria necessário ser de R$6.647,00, ou seja, 5,4 vezes o salário de R$ 1.212,00 que estava valendo naquele período. Para honrar com a constituição brasileira, que diz que o salário do trabalhador deve atender as suas necessidades e da sua família.
