A Ecosul, concessionária responsável pela administração de 457,3 quilômetros do Polo Rodoviário de Pelotas, tem boas razões para comemorar o Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado neste 5 de junho. A empresa, já reconhecida por ações socioambientais, como uso de asfaltos ecológicos, agora tem se destacado por suas iniciativas pioneiras voltadas à preservação do Bioma Pampa, característico do Rio Grande do Sul. Hoje, entre as ações mais relevantes, está o monitoramento de fauna viva nas faixas de domínio das rodovias da região. O estudo, iniciado há dois anos, aponta dados positivos ao revelar que a taxa de natalidade é maior do que a taxa de mortalidade, medida pelos atropelamentos ocorridos nas BRs 392 e 116.
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O monitoramento realizado pela Ecosul, em parceria com a empresa Ka’aguy Consultoria Ambiental, liderada pelo ecólogo Fábio Mazim, tem revelado informações inéditas sobre a interação entre a vida selvagem e a infraestrutura rodoviária. As armadilhas fotográficas de monitoramento instaladas ao longo das BRs capturaram cerca de 1.265 registros de fauna em 2023, de pelo menos 26 espécies diferentes. Entre as mais avistadas estão o veado-virá, a capivara, o tatu-galinha, o graxaim-do-mato e o gato-maracajá.
Segundo coordenador de Sustentabilidade da Ecosul, Alexandre Izquierdo, no que diz respeito às taxas de natalidade e mortalidade, os dados são divididos por espécie, mas, de maneira geral, a taxa de reposição (nascimentos) supera a taxa de remoção (atropelamentos). Em quatro trechos críticos monitorados, foram registrados cerca de 140 filhotes, enquanto 53 animais foram vítimas de atropelamento. “Essa tendência se mantém em 2024, com um aumento no número de nascimentos em comparação a 2023”, antecipa.
A constatação de que os animais atropelados são predominantemente indivíduos mais velhos – expulsos de suas áreas de domínio por competidores mais jovens, ou animais extremamente jovens em busca de território -, lança uma nova luz sobre o drama das estradas. Conforme o ecólogo Mazim, não se tratam apenas de vítimas, mas de animais em busca por novos territórios entre os pequenos corredores ainda não explorados pela agricultura. As mortes não são apenas trágicos acasos. Elas mostram que os indivíduos residentes das faixas de domínio estão adaptados a este habitat, gerando a hipótese de uma seleção natural, na qual os animais residentes e seus filhotes estariam, há gerações, se adaptando ao fluxo de veículos criado pela preservação desses locais, o que se enquadra como um item contratual previsto na concessão da Ecosul.
Os resultados já alcançados demonstram a eficácia das ações de monitoramento e proteção implementadas. As faixas de domínio ao longo das rodovias funcionam como corredores ecológicos e têm se mostrado cruciais para a preservação da biodiversidade local. “Essas áreas são verdadeiros oásis em meio à expansão agrícola, conectando habitats fragmentados e permitindo que a vida selvagem flua livremente”, avalia Mazim.
Para o coordenador de Sustentabilidade da Ecosul, as descobertas representam um chamado à ação. “A conservação do Bioma Pampa não pode ser deixada ao acaso, principalmente se tratando das faixas de domínio. Com a liderança da Ecosul e apoio do Mazim, um movimento está se iniciando para proteger esses preciosos corredores de vida”, pontua. Conforme ele explica, através dos estudos estão sendo levantadas medidas para mitigar os impactos dos atropelamentos, desde a instalação de passagens seguras até a conscientização pública através de radares de velocidade e placas indicativas de conscientização.
Avaliação do Ibama sobre a área da Ecosul
Em abril, técnicos do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), incluindo analistas da Diretoria de Licenciamento (DILIC) dos núcleos de Brasília e Porto Alegre, visitaram o trecho da Ecosul para avaliar os dados de monitoramento de fauna apresentados pela concessionária. Durante a visita, os analistas do IBAMA expressaram impressões positivas sobre os resultados alcançados.
Na oportunidade, verificou-se que as rodovias da região têm demonstrado um papel inesperado na preservação de habitats, proporcionando refúgios para a biodiversidade em meio a uma área intensamente explorada pela agricultura. “Os vídeos capturados pelas câmeras mostram animais como gatos-do-mato agindo de forma natural, mesmo próximos à rodovia”, exemplifica Mazim.
Para Izquierdo, o trabalho atesta a importância da colaboração entre a concessionária e os órgãos ambientais para garantir a sustentabilidade das operações na região. Conforme ele, o monitoramento reforça o compromisso com a preservação ambiental e o acompanhamento constante dos impactos das operações da Ecosul na fauna nativa: “Nossa iniciativa não só preserva a fauna do Bioma Pampa, mas também desafia paradigmas, evidenciando que é possível conciliar desenvolvimento de infraestrutura com a conservação ambiental”.
Ecosul nas Vias da Sustentabilidade, Agenda ESG 2030
Investir na infraestrutura rodoviária do país e gerar impactos socioeconômicos de forma sustentável é parte da estratégia de negócios e da cultura da EcoRodovias. Aspectos ambientais, sociais e de governança (ESG) são pilares considerados em todos os projetos e ações internas e externas da empresa. A companhia mantém metas para alcançar elevados patamares de segurança viária, segurança do trabalho, diversidade, equidade e inclusão, além de reduções nas emissões de gases de efeito estufa. A atuação com ética e transparência é resultado de treinamentos e de processos rigorosos de governança e compliance. Listada no Novo Mercado da B3, a EcoRodovias integra importantes carteiras e índices relacionados a práticas ambientais, sociais e de governança e possui diversas certificações internacionais, incluindo a ISO 37001 de combate ao suborno. Ser o melhor gestor de infraestrutura rodoviária do Brasil, com sustentabilidade, é o que move a EcoRodovias.
