Em entrevista exclusiva para a Acústica FM na manhã desta segunda-feira (19), o candidato a governador do Estado, Edegar Pretto (PT), detalhou as propostas para governar os municípios gaúchos. Entre as entrevistas com os candidatos aos cargos eleitorais na emissora, o candidato afirmou que a fala do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (coligação Brasil da Esperança), durante entrevista ao Jornal Nacional, se referia a uma parcela de agricultores que “cometem crimes contra a Amazônia” e que “utilizam veneno sem os cuidados necessários”.
Lula criticou parte do agronegócio, chamando a parcela de produtores despreocupados com o meio ambiente de “fascista e direitista”. Isso gerou reações no setor, como apoio aberto da Farsul ao candidato Jair Bolsonaro.
“Nós sabemos da importância dos pequenos, médios e grandes produtores para o crescimento do PIB. O agro produz muito e exporta muito”, defendeu.
Edegar Pretto também defendeu o financiamento com baixos juros para agricultores de produtos destinados à cesta básica, além de criticar a falta de incentivo do Plano Safra, no segundo semestre do ano, durante os últimos dois anos.
“Nós temos que produzir mais comida. Como não há propostas do Leite, do Bolsonaro e nem do Onyx, a agricultura familiar acaba migrando para a monocultura e os produtores acabam arrendando suas terras. O Rio Grande está se transformando em lavoura de uma cultura só. Diminuiu a plantação de feijão e 45 mil famílias que produziam leite, já não produzem mais. A cesta básica mais cara do país é daqui”, afirmou o petista.
Segundo a última pesquisa do Ipec, Pretto se encontra com 10% das intenções dos votos. Entretanto, o candidato acredita na mudança das pesquisas após comício com a presença do ex-presidente Lula em Porto Alegre, nesta sexta (16).
Ao falar de segurança, o petista criticou a ação do governo do Estado em modificar a gestão da Brigada Militar (BM) no período da guerra de facções, durante as últimas semanas.
“O crime organizado se potencializou aqui no Estado. A insegurança está presente na vida das pessoas. O governo apresentou como saída demitir todo o comando da Brigada, ao invés de providenciar mais recursos para fazer enfrentamento ou dar condições para os agentes irem para rua. Culparam a corporação. Isso é uma covardia”, julgou Pretto.
Entretanto, o comandante-geral da Brigada Militar, coronel Claudio dos Santos Feoli, não confirma que as trocas de comando nos batalhões tenham relação com a guerra entre as facções criminosas.
Sobre seus planos para a segurança, o candidato afirmou que pretende adquirir melhores equipamentos para as corporações, com auxílio tecnológico e prometeu combater o desrespeito aos agentes de segurança do estado.