O novo secretário da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul, Edivilson Brum, participou nesta semana de uma audiência pública em Brasília para discutir a grave situação de endividamento dos agricultores gaúchos, agravada por cinco safras consecutivas de perdas e frustrações. Em entrevista ao programa Primeira Hora desta terça-feira (22), Brum destacou a necessidade de ações rápidas e efetivas para aliviar a situação dos produtores rurais, que enfrentam dificuldades financeiras cada vez maiores.
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“A situação é de urgência. Precisamos pressionar o governo federal para aprovar medidas que possam oferecer alívio imediato aos nossos agricultores, que estão com dívidas acumuladas e sem condições de honrar seus compromissos”, afirmou.
De acordo com o secretário, a audiência abordou duas principais propostas de solução: a primeira, a securitização das dívidas por meio de projetos de lei específicos, e a segunda, uma alternativa inovadora que utiliza recursos do Fundo Social, oferecendo condições de carência e prazos estendidos para pagamento. Ambas as alternativas visam proporcionar um respiro aos produtores, permitindo que possam planejar suas próximas safras sem o peso das dívidas atuais.
Brum ressaltou ainda que a liberação de recursos depende da aprovação final do Ministério da Fazenda, o que tem gerado preocupação entre os representantes do setor agrícola. “Estamos fazendo nossa parte, mas a decisão final ainda depende do aval do Ministério, e essa demora pode comprometer o planejamento agrícola do estado”, destacou.
A situação de endividamento é agravada pelas perdas sucessivas de safras, que têm causado uma crise financeira profunda entre os agricultores gaúchos, explicou o secretário. Segundo dados da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul, o estado enfrenta um cenário de fragilidade econômica no setor agrícola, exigindo ações emergenciais e de longo prazo.
Edivilson Brum reforçou que a irrigação é uma das prioridades de sua gestão, buscando fortalecer a resiliência do setor frente às adversidades climáticas e econômicas. A expectativa é que as medidas discutidas em Brasília possam trazer alívio imediato e contribuir para a recuperação do setor agrícola no Rio Grande do Sul.