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Eduardo Leite nega que pré-candidatura ao RS seja plano B

Foto: Acústica FM
Foto: Acústica FM

Após anunciar em uma entrevista coletiva na Capital que vai ser pré-candidato ao governo do Estado , Eduardo Leite disse que mudou de posicionamento sobre a reeleição, mas que manteve seus princípios ao  pedir renúncia e não usar a máquina pública durante o ano eleitoral a fim de se promover. O ato é uma quebra de promessa do ex-governador que sempre afirmava, de forma enfática, ser contra a busca por um segundo mandato. No entanto, ao ver a tentativa de se colocar como um nome da chamada terceira via ruir, Leite dá um passo atrás, e vira a alternativa do PSDB ao Piratini, tendo em vista que nome do atual governador Ranolfo Vieira Junior estagnou nas pesquisas 

Em todos os cenários, Leite aparece  como uma candidatura competitiva, o que gerou muita pressão da cúpula tucana do Rio Grande do Sul, e também dos dirigentes nacionais, depois de o partido anunciar  apoio à Simone Tebet do MDB, como pré-candidata ao planalto. Um ala do empresariado gaúcho também havia pedido  para que ele avaliasse melhor o cenário político e concorresse ao governo do Rio Grande do Sul 

“Comunico aos gaúchos e gaúchos que sou pré-candidato ao governo do Estado. Essa é uma decisão coletiva do partido, mas sobretudo com o governador Ranolfo”, destacou Leite, que afirma estar reconsiderando a possibilidade de estar no pleito ao Piratini desde janeiro. O ex-governador disse que a decisão final se deu após a necessidade de pensar em soluções para o país em meio à polarização. Leite disse que a sua renúncia o deixou mais à vontade para “ser um candidato a governador e não um governador candidato. Mudei de opinião, mas não mudei de princípios. A renúncia me abria todas as possibilidades”.

Leite revelou também que amadureceu a ideia de disputar um novo mandato em janeiro, em razão de  dificuldades para manter a base de apoio unida em torno de outro candidato . Citou várias vezes  ter sentido necessidade de se apresentar diante de outros postulantes ao Piratini, que chamou de “populistas” à esquerda e à direita, que ameaçam romper com políticas construídas no seu governo, como a adesão ao regime de recuperação fiscal.. O grande desafio será conseguir um acordo com o MDB, de quem o PSDB espera retribuição pelo apoio dado a Tebet na disputa nacional.

Algumas lideranças emedebistas apoiam o acordo, o que levaria à retirada da pré-candidatura de Gabriel Souza (MDB) ao Piratini — ele é apontado como candidato a vice na chapa de Leite. O governador Ranolfo, que abriu mão de disputar a eleição como candidato do PSDB, deixou a entrevista coletiva desta segunda-feira antes do final para tocar a agenda do Palácio Piratini. Ranolfo reforçou o discurso de que Leite é o caminho seguro para o Rio Grande do Sul. 

Ao ser questionado pela reportagem da Acústica FM,  sobre o atual governador do Estado, Ranolfo Vieira Junior, que não vai poder concorrer a nenhum cargo nesta eleições por conta da legislação eleitoral, Leite destacou que ambos dividem um mesmo ideal, na qual um projeto está à frente de um interesse pessoal.

“As palavras dele, acho que deixaram bem claro, que ele faz política como eu, acreditando no propósito, na missão, mais do que a aspiração de um cargo ou de uma carreira política. Eu não tenho preocupação em uma carreira política. Sempre quando me dizem que eu tenho tantos anos, vou ser isso ou aquilo, eu recebo com total descrença, não levo a sério, pois sei que a política envolve também um pouco de destino”, pontuou o ex-governador, que aproveitou para elogiar Ranolfo pela sua trajetória política e como servidor do Estado, pela função, principalmente, de delegado e ex-chefe da Polícia Civil gaúcha

Eduardo Leite renunciou ao cargo no fim de março. Na ocasião, o então chefe do Executivo estadual afirmou que a intenção era caminho para liderar um projeto no âmbito nacional. Com a insistência de João Doria em não desistir da candidatura a presidência, após vitória sobre Leite na disputa interna, os planos do ex-governador gaúcho acabaram mudando.