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El Niño deve manter o clima chuvoso

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As chuvas dos últimos dias não deverão dar trégua com a mudança de estação. As previsões apontam que, nos próximos três meses de primavera, deve chover bastante em todo o Rio Grande do Sul. A explicação para o aguaceiro está no fenômeno El Niño, um aquecimento anormal das águas do Pacífico, que este ano estará mais forte e mais perto do Equador. Normalmente o efeito climático se forma na Indonésia, na Ásia, e se espalha para leste, em direção à costa oeste da América do Sul.

Com a mudança, o El Niño trará muito mais influência para o Rio Grande do Sul. É que o fenômeno produz grandes massas de ar quente que funcionam como barreiras e impedem que as frentes frias sigam seu trajeto normal, em direção ao norte. Com isso, elas ficam muito mais tempo sobre o Estado.

Com isso, a previsão dos meteorologistas é que, em outubro, vai chover mais no Norte e no Noroeste do Estado. Em novembro, o alerta é para todo o Rio Grande do Sul. É que neste mês o El Niño tradicionalmente acaba trazendo volumes de chuva acima do padrão para a época do ano, além de provocar uma maior quantidade de eventos extremos para o Estado.

Em dezembro, haverá uma concentração maior de chuvas na porção oeste do Rio Grande do Sul. O problema é que, na primavera, a chuva quase nunca vem sozinha. As tempestades são comuns nesta época do ano, que devem ser mais frequentes em 2015. Além disso, há a previsão de muita chuva em pouco tempo e isso piora em muito a situação dos alagamentos nas cidades.

O coordenador da Defesa Civil Metropolitana, major André Porto, reconhece que a prevenção deste tipo de situação deveria ser melhor desenvolvida nos municípios, mas cita avanços. “O governo do Estado tem projetos através da Metroplan do dique em Alvorada e de um dique em Eldorado do sul (as duas cidades na Região Metropolitana de Porto Alegre). Esses projetos estão todos em andamento e nós temos a certeza que, em breve, em alguns anos reduziremos bastante esse problema.”

Quem mora próximo a rios ou em áreas de risco se diz acostumada com a situação. A faxineira Taís Raimundo teve ter deixar sua casa pela segunda vez no ano. Já a dona de casa Sueli dos Santos diz que não há condições de comprar um terreno longe do rio. “Aí cada vez que sobe a água, tem que sair, né? Não é vida para ninguém”, lamenta.