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El Niño entra em nível intenso: entenda o fenômeno

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O fenômeno El Niño é um aquecimento que inicia no Oceano Pacífico, quando há anomalia da temperatura da superfície do mar (TSM). Neste caso, após o surgimento do fenômeno, cerca de três meses depois, a atmosfera começa a reagir, mostrando alterações em todo o planeta devido a este aquecimento.

A anomalia de TSM no Pacífico Central bateu + 2,0°C., maior valor desde os episódios de 2002/2003, 2009/2010 e 2014/2015. Segundo a meteorologista, Estael Sias, da MetSul meteorologia, este fenômeno trata-se da maior anomalia no Pacífico Central Equatorial desde 11/02/1998, quando se registrou +2,3°.

Ouça entrevista completa com a meteorologista:

Ainda segundo Estael, desde o final de 2014, o fenômeno começou a ocorrer, e de julho em diante, ficou mais visível através das chuvas. “Tivemos meses muito quentes, que fazem parte deste fenômeno. Temos esta projeção de bastante chuva, pois o El Niño está entrando em uma fase de intensidade, com temperaturas a cima da média do oceano. Desde 1997 isto não acontecia. O Oceano Pacífico é o maior oceano, e para gerar este aquecimento, é um processo muito intenso”, esclareceu a meteorologista.

A meteorologista explicou que neste ano o aquecimento não é só no centro do Oceano Pacífico, e traz um cenário muito severo em todo o planeta. Para ela, o impacto maior é a acentuação das chuvas. “Na primavera os temporais tendem a se tornar mais significativos. Nesta quarta, mais de 50 cidades tiveram registro de granizo. E por volta dos dias 25 e 26 de setembro teremos muita chuva no Rio Grande do Sul. Esta frente fria também é um efeito deste fenômeno. O El Niño ainda não chegou à força total, entre outubro e dezembro o fenômeno deve atingir o seu ápice, de maior aquecimento”, finalizou Estael.