Durante o ano passado, nove em cada dez professores brasileiros, (91%), ofereceram aos alunos da educação básica atividades na modalidade remota e presencial. Os dados foram divulgados nessa terça-feira pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil e, pela primeira vez, foram entrevistados professores de áreas rurais.
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Em relação ao apoio oferecido pela escola ou rede de ensino, 36% dos professores da área rural disseram não ter recebido qualquer apoio para realizar atividades remotas. Nas escolas municipais, 49% dos professores receberam algum apoio, como acesso gratuito a aplicativos, plataformas, chips de celular ou custeio para plano de dados e de voz. O percentual foi melhor na rede particular (70%) e nas escolas estaduais (74%).
Entre os dispositivos mais usados no segundo ano de pandemia de Covid, 74% dos professores do ensino fundamental e médio tinham celular ou computador de uso exclusivo para o trabalho. Enquanto 23% precisaram compartilhar com outras pessoas com quem moravam. Além disso, 2% dos professores tiveram que pedir dispositivos emprestados ou ir a outro local para acessá-los. Entre os docentes das áreas rurais, 12% não tinham computadores em casa e dependeram exclusivamente do celular.
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A coordenadora da pesquisa, Daniela Costa, destaca ainda três aspectos que aumentaram a dificuldade para o ensino híbrido e remoto, mesmo no segundo ano de pandemia.
Segundo Daniela, materiais impressos foram a principal estratégia para oferecer atividades aos alunos. 93% dos docentes preferiram os exercícios em folhas de papel, para tirar dúvidas, em relação ao uso de aplicativos ou celular.
Cerca de 94% dos professores relataram que os pais e responsáveis pelos alunos tiveram dificuldade para apoiar os filhos nas tarefas escolares, principalmente pela falta de acesso à internet.