Search
[adsforwp-group id="156022"]

Em convenção tensa, MDB aprova coligação com PSDB para governo do RS

Foto: Acústica FM
Foto: Acústica FM

A mais aguardada das convenções partidárias cumpriu o que prometia:
um clima tenso que expôs ainda mais o racha no MDB do RS.  Durante a convenção realizada neste domingo,
no teatro Dante Barone na Assembleia Legislativa, os emedebistas aprovaram a
coligação com o PSDB para o governo do Estado em meio a um placar apertado. Foram 239 votos
a favor da aliança com Eduardo Leite, contra 212 contrários, 18 votos nulos e
quatro em branco. Dos 654 delegados dos partidos aptos a votar, 72% compareceram ao evento, totalizando 473 delegados.

Após uma coletiva de imprensa realizada com o presidente Estadual
do MDB, Fábio Branco,  e com Gabriel Souza, vice na chapa, Eduardo Leite compareceu ao salão Júlio
de Castilhos na Assembleia Legislativa agradecendo o apoio

“A partir de ti, da tua esposa, agradeço a confiança que o MDB
traz para que lideremos esse projeto. O governador Sartori deu uma contribuição
muito importante nesse processo de interrupção de deterioração nas contas
públicas do estado”.

Leite elogiou o governo de Sartori – que foi derrotado por ele na eleição de 2018 – e lembrou do apoio ao MDB no segundo turno de 2014, quando Sartori derrotou o petista Tarso Genro. “Nossa aliança representa a evolução da evolução”, comparou o tucano. Segundo ele, a aliança não se dará em cima de espaços políticos.

“ Eu sei que, para o MDB, essa discussão (de indicar o vice) não foi fácil. Mas asseguro que não serão coadjuvantes, serão protagonistas — disse Leite.

Já o presidente do União Brasil, Luiz Carlos Busato, admitiu que a sigla pode rever o apoio ao PSDB e migrar para a candidatura ao governo gaúcho do bolsonarista Onyx Lorenzoni (PL), confirmado no dia 22 de julho. Em entrevista à reportagem da rádio Acústica FM, Eduardo Leite disse vai procurar novamente o diálogo com o UB e espera contar com o partido na coligação.

Ao ser questionado sobre o racha no partido, Gabriel Souza
disse que espera a reunificação do MDB no RS e evitou comentar as cobranças do União
Brasil a Eduardo Leite.

 “A Convenção Estadual é o espaço mais plural, democrático e oficial. Está na hora de decidirmos, enfrentarmos a realidade e seguirmos em frente”, finalizou.

Perguntado sobre como o partido vai agir diante das posições
contrárias como a do prefeito de Porto Alegre Sebastião Melo, favorável à candidatura
própria, o presidente do MDB do Rio grande do Sul negou um racha na sigla

” Eu não vejo isso como um racha no partido, eu vejo isso como pontos de vista que estão sendo defendidos e vamos trabalhar para unidade do partido, ressaltou Fabio Branco

 Durante a manhã deste domingo, várias lideranças discursaram contra
ou a favor da candidatura própria. Houve troca de farpas entre integrantes do
MDB e críticas à gestão de Eduardo Leite da qual o partido era aliado até então. Entre os
críticos, estava o deputado Osmar Terra que recebeu um misto de vaias e aplausos ao dizer que vai
votar no presidente Jair Bolsonaro. Já o deputado Juvir Costella evitou assumir que defendia o
apoio a Leite,  disse que o partido deveria sair unido diante de qualquer
resultado. Nomes históricos do partido como José Fogaça defenderam o
direito ao voto na convenção e minimizaram o debate intenso na convenção

“Clima muito natural,  apesar de tenso, e apesar de às vezes complicado, mas ao mesmo tempo euconfio em um instrumento: o voto”, destacou Fogaça

Antes do resultado, Gabriel Souza fez um discurso e
agradeceu a paciência de Fábio Branco na condução na realização na pré-campanha.
Defendeu as privatizações realizadas nos últimos governos. Souza também o criticou o governo Tarso Genro do PT, porque segundo
ele, endividou ainda mais o estado.  Defendeu o que classificou de legado
do governo Sartori e encerrou com um desabafo

 

“Ninguém sofreu mais do que eu sofri”, finalizou o discurso
emocionado se referindo. aos ataques e críticas dos colegas do próprio partido.
 

O colegiado do MDB também oficializou as nominatas de candidatos a deputado estadual e federal. Foram indicados 26 nomes à Câmara dos Deputados e 38 à Assembleia Legislativa.


PT oficializa candidatura de Edegar Pretto ao governo do RS

Com um salão lotado, mas sem a presença de representantes do
PC do B, a federação liderada pelo PT formalizou neste domingo (31) a
candidatura de Edegar Pretto ao governo do Estado. Incomodados
com a perda da primeira suplência ao Senado para o PSOL, os
comunistas boicotaram o evento.  

Apesar da dissidência de última hora, a convenção realizada
em um hotel de Porto Alegre celebrou a união da esquerda.
Revezando-se ao microfone, lideranças de diferentes partidos destacaram a
composição de forças e a inédita aliança entre PT e PSOL no Estado

“Estamos confirmando as nossas candidaturas, desta chapa que
será plural. E neste momento, confirmamos a candidatura do filho do Adão Pretto
e da Dona Otília, lá de Miraguaí, Edegar Pretto, e o vice Pedro Ruas”,
manifestou Pimenta, conclamando o público a ratificar o anúncio, por meio do
agito das bandeiras.

 Emocionado, Edegar Pretto chamou Pedro Ruas, Olívio Dutra e
Tarso Genro para acompanhá-lo e testemunhar o ato de assinatura da carta de
compromisso com os gaúchos

 

“Estou aqui para firmar com vocês a minha palavra e colocar
a minha assinatura numa carta de compromisso para reconstruir o nosso Rio
Grande do Sul”, falou com entusiasmo.” Eu tenho andado muito, e por todos os
lugares eu ouço e vejo que as pessoas não querem esmolas, elas querem
oportunidades. Se eu tiver a honra de ser governador, nós seremos o governo da
oportunidade. Não vamos admitir que pais e mães durmam sem saber se terão
comida para os seus filhos no dia seguinte”, salientou, criticando os
atuais governos estadual e federal pela ausência de ações que deixou 1,2 milhão
de gaúchos na extrema pobreza, com renda máxima de R$ 105 por mês.
 

Trajetória de Edegar Pretto (PT)

 Edegar Pretto tem 51 anos. É pai de três filhos. Natural de
Miraguaí, na região Celeiro do RS, tem origem na roça. É filho de Adão Pretto,
deputado federal falecido em 2009, e da dona Otília Pretto, falecida em 2010. É
formado em Gestão Pública e está em seu terceiro mandato como deputado
estadual, tendo sido o mais votado do PT nas últimas três eleições para a
Assembleia Legislativa. Ele também presidiu a Casa em 2017. Em setembro de
2021, o PT confirmou seu nome como pré-candidato do partido para disputar o
governo do Estado nas eleições de 2022. Entre suas principais bandeiras de
trabalho estão a defesa da produção de alimentos, o combate à fome e o fim da
violência contra as mulheres.