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ORGULHO

Em dia do Orgulho LGBTQIA+, Eduardo Leite defende respeito à diversidade

Antes fazer balanço sobre os efeitos do Ciclone no RS, o governador chamou a atenção para importância do combate à intolerância contra as minorias
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Antes de lançar nesta quarta-feira medidas para ajudar as cidades gaúchas atingidas pelo ciclone, o governador Eduardo Leite destacou perante a maioria do seu secretariado presente na reunião a importância do dia do Orgulho LGBTQIA+.  Leite pediu uma reflexão sobre um mundo mais digno e justo para todos, defendendo a busca pela igualdade, respeito à diversidade e o combate à intolerância.

“É um tema importante para toda a sociedade, importante pra mim, como governador gay que eu sou. É importante pro Rio Grande do Sul, pra humanidade. E é fundamental que o nosso estado cada vez mais consolide  essa posição de respeitador da diversidade, que inclui as pessoas. Insisto na tese que eu tenho defendido: não é apenas uma questão de dignidade que por si só já se justifica, mas de avanço civilizatório, de respeito às pessoas.  É inclusive economicamente importante para o estado. Se nós somos um estado que tem um bônus demográfico que já não tá mais jogando a favor, não dá pra deixar ninguém de fora, ninguém marginalizado por sua cor, por sua raça, crença religiosa, ou orientação sexual, todas as pessoas precisam ser incluídas para poderem produzir no seu pleno potencial. Qualquer pessoa que não se desenvolva plenamente, porque foi marginalizada, porque foi excluída, porque é tratada de forma discriminatória vai ser pela metade quem ela é, E sendo pela metade ela perde individualmente e todos nós perdemos coletivamente, toda sociedade perde quando um grupo de pessoas, um segmento da sociedade não pode ser por inteiro quem é. Então lembrando que isso deve permear as nossas ações, as nossas políticas públicas, estar no nosso lema do nosso governo, que prevê a inclusão, o respeito, à diversidade, o acolhimento a todas as vocações, a todos os talentos, e o Rio Grande do Sul precisa se posicionar dessa forma para o Brasil e para o mundo com essa característica inclusiva “, discursou Leite.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB),  que revelou sua orientação sexual durante uma entrevista ao jornalista Pedro Bial da Rede Globo.  Durante o debate da disputa para chegar ao segundo turno das eleições ao governo do estado. o tucano foi alvo de preconceito. O ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL) disse que, se eleito, os gaúchos teriam “um governador e uma primeira dama de verdade”.

No discurso da posse  em janeiro deste ano,  Leite (PSDB) falou em tom de agradecimento, ressaltando a importância da família e do namorado, o médico Thalis Bolzan, que estava ao lado dos pais do governador na cerimônia de transmissão de cargo no Palácio Piratini.  À época,  o chefe do executivo estadual celebrou poder falar sobre o tema de sua orientação sexual e provocou seu adversário no segundo turno.

“É com muita alegria que estou aqui ao lado do Thalis, o meu amor. Por quem além de amor tenho respeito e admiração pelo ser humano que é, pelo profissional da saúde que é. O RS não tem primeira-dama, mas tem alguém que é de verdade”.

Origem da da Data( Orgulho LGBTQIA+)

Em 28 de junho de 1969, durante as primeiras horas da madrugada, policiais à paisana do Departamento de Polícia de Nova York fizeram uma batida no bar nova-iorquino Stonewall Inn, um dos mais populares entre a comunidade LGBT da região e uma espécie de refúgio em meio a uma era de intolerância. O alvo da operação eram locais frequentados por pessoas consideradas “doentes mentais” —forma discriminatória como as pessoas LGBT eram descritas pela Associação Americana de Psicanálise à época. Até 1961, todos os estados americanos tinham leis que proibiam a homossexualidade. E por muito tempo elas vigoraram.

Foi apenas em 2003 que a Suprema Corte dos EUA, por 5 votos a 4, invalidou uma antiga decisão e eliminou a proibição da homossexualidade em nove estados que ainda a sustentavam

Durante a batida em Stonewall Inn, quando várias pessoas foram levadas sob custódia —e os relatos dão conta de que os detidos eram, em especial, gays, lésbicas e pessoas trans—, um grupo resistiu. E a ele se somaram mais pessoas que ficaram sabendo do episódio.

A mobilização e a resistência duraram cinco dias