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Em operação com 400 policiais, 38 pessoas são presas em Dom Pedrito

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A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta sexta-feira (04), na cidade de Dom Pedrito, a Operação Sicário. O objetivo da operação foi desmantelar uma associação criminosa ligada ao tráfico de drogas instalada na cidade de Dom Pedrito, responsável pela narcotraficância, crimes de roubo e crimes de homicídio, com vinculação à facção criminosa de atuação estadual.

Desde cedo, aproximadamente 400 policiais já estavam em diligências no cumprimento das ordens judiciais, dentre elas 64 mandados de busca e apreensão, 36 mandados de prisão preventiva e 24 bloqueios judiciais de contas bancárias. A operação resultou na prisão de 38 pessoas, além de apreensão de drogas, armas, balança de precisão e celulares.

A investigação, iniciada em outubro de 2019, apurou que a associação criminosa é comandada por um detento, oriundo da cidade de Dom Pedrito, atualmente recolhido à Penitenciária de Charqueadas. O líder da organização conta com um grande aparato financeiro, dezenas de associados e de logística para comandar o grupo, mesmo de dentro do cárcere.

Segundo o delegado André Mendes, o grupo criminoso, com atuação disseminada por toda a cidade de Dom Pedrito, atua principalmente no tráfico de drogas, mas também é investigado por planejar e executar crimes de roubo, praticados contra empresários locais (óticas, lotéricas e residências), com o objetivo de angariar recursos de forma rápida, valores utilizados para capitalizar a associação. “O esquema criminoso conta com dezenas de vendedores de drogas, assim como indivíduos que auxiliam o líder criminoso no controle financeiro do tráfico, além do armazenamento, transporte e distribuição dos entorpecentes. Dentre os gerentes do grupo está, inclusive, a companheira do líder da associação criminosa, que além de ser responsável por gerenciar recursos financeiros, através de movimentações bancárias, também participa ativamente na distribuição da droga e introdução de drogas no presídio de Dom Pedrito, onde até poucas semanas atrás o marido estava preso e liderava uma das galerias da casa prisional”, relatou o delegado.

No tocante às movimentações financeiras, foram identificadas 24 contas bancárias, em instituições financeiras diversas, através das quais a associação realizava o recebimento e o pagamento dos valores referentes ao tráfico de drogas.

Ainda, ao longo das investigações, foram realizadas prisões em flagrante, bem como foram cumpridas prisões preventivas, inclusive do líder da associação criminosa, além de apreensões de drogas, tudo com o intuito de conferir materialidade delitiva e indícios de autoria aos delitos investigados, de modo que provas robustas foram juntadas aos autos. No curso da investigação, nove pessoas da associação criminosa já haviam sido presas.

A operação foi denominada “Sicário” (sedento de sangue, sanguinário, cruel, assassino pago, malfeitor, facínora) em razão da frieza e facilidade com a qual o líder da associação criminosa ordenou o cometimento de crimes de homicídio, sempre em torno do tráfico de drogas, impondo medo na comunidade em que estavam inseridos os investigados.

A operação contou com o apoio, na questão logística, do Exército Brasileiro, da Brigada Militar, da Polícia Rodoviária Federal, além do emprego do helicóptero da Polícia Civil, dando apoio aéreo às equipes em solo durante o cumprimento dos mandados.