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Em um ano, dois presos ingressaram no sistema prisional gaúcho para cada vaga criada

Para cada vaga criada em presídios no Rio Grande do Sul, em média, 2,2 presos ingressaram no sistema prisional desde 2016. Isso representa aumento de 5,6% na população carcerária do Estado, de acordo com dados divulgados pela Secretaria da Segurança Pública.

 

Enquanto o 1º semestre de 2016 terminou com 34.413 presos para 23.586 espaços disponíveis, o mesmo período deste ano tem 36.337 para 24.435 vagas. A população carcerária é quase 50% maior do que o número de vagas, ou seja, três presos para cada duas vagas.

 

Para suprir o déficit no sistema prisional, que atualmente é de 11,9 mil espaços, seria necessário construir mais de quatro unidades prisionais como a Penitenciária de Canoas, que ainda não foi inaugurada na totalidade e nem tem prazo para que isso ocorra.

 

Enquanto isso, as delegacias de policiais, principalmente da Região Metropolitana, estão com as carceragens superlotadas há mais de um ano e meio. Viaturas da Brigada Militar também costumam ser improvisadas como cela para presos que aguardam vagas em cadeias.

 

O secretário da Segurança Pública, Cezar Schirmer, afirma que os problemas do sistema carcerário gaúcho são semelhantes às falhas de todo o país. Ele sustenta que um dos grandes gargalos da área no Estado é a superlotação carcerária:

 

— O governo não está parado. Estamos trabalhando para melhorar esse quadro de problemas e dificuldades que vivenciamos no sistema prisional — disse.

 

Vagas criadas

 

De acordo com a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), as vagas criadas contabilizam os dois centros de triagem (96 vagas no CT ao lado do Presídio Central e 72 no bairro Partenon), além das 114 abertas na Penitenciária de Canoas.