Após uma série de acusações entre apoiadores de João Dória e
de Eduardo Leite nas prévias do PSDB para escolher o candidato à presidência da
República pela sigla, o governador de São Paulo tentou demonstrar que o partido
não está rachado.
Em entrevista no final da tarde no hotel Plaza São Rafael em
Porto Alegre, Dória preferiu disparar críticas ao presidente Jair Bolsonaro e
fazer elogios a Sérgio Moro, com o qual disse que pretender conversar, tendo em
vista que o Podemos, partido do ex-ministro da Justiça, faz parte da base
aliada do governo Dória, em São Paulo.
Na saída da coletiva, questionado pela reportagem da
Acústica FM sobre a possibilidade de ser vice de Eduardo Leite, caso o governador
do RS seja o favorito à corrida presidencial, Dória desconversou.
Em relação ao movimento do ex-governador de São Paulo,
Geraldo Alckmin que não descarta ser vice do ex-presidente Lula, Dória foi
taxativo, afirmando que respeita Alckimin, mas que quer distância de Lula:
“É uma decisão do ex-governador Geraldo Alckimin, do Lula,
eu quero distância”, enfatizou.
A ex-governadora Yeda Crusius também esteve presente na coletiva
e justificou a decisão de apoiar Dória dizendo que o Estado de São Paulo é um
exemplo de responsabilidade fiscal, mas não deixou de alfinetar o governador
Eduardo Leite ao ser questionada se subiria no palanque do Tucano, caso ele
vencesse as prévias
“Se ele chamar, sim eu vou, a questão é ver se ele vai
chamar” ironizou.
João Dória chegou na capital gaúcha no final da tarde,
acompanhado da esposa e de parte dos secretários, onde entrou pela porta
principal do Piratini. Foi recebido pelo vice-governador Ranolfo Vieira Jr. e
pelo chefe da Casa Civil, Artur Lemos. Eduardo Leite chegou logo depois.
A conversa entre os dois ocorreu na Sala dos Espelhos e
durou cerca de 15 minutos. A maior parte do encontro foi aberto à imprensa.
Apesar do clima tenso dos últimos dias, o breve encontro de
Leite e Doria foi ameno e permeado por risos e troca de elogios.
