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Empresa espanhola pretende investir mais de R$100 bilhões no RS em projetos de energia eólica no mar

Foto: Gustavo Mansur / Palácio Piratini
Foto: Gustavo Mansur / Palácio Piratini

O Rio Grande
do Sul é, hoje, o quinto Estado brasileiro com maior potência eólica instalada.
São 1.836 megawatts de potência divididos em 80 parques eólicos. A energia dos
ventos participa com 19,6% da potência instalada e 27,5% na energia gerada. Pensando
em ampliar a produção da energia limpa, o governo do estado firmou um compromisso
com a empresa espanhola Ocean Winds para desenvolver projetos no setor. A
assinatura do documento ocorreu nesta sexta-feira no palácio Piratini. A parceria
com a companhia, sediada em Madri e com subsidiária no Brasil, busca  permitir a construção de projetos de produção
de energia eólica offshore, que é uma fonte renovável e não poluente obtida
pelo aproveitamento da força do vento que sopra em alto-mar.

Mais de dois
terços das operações do setor eólico nacional estão concentradas no nordeste do
Brasil. Rio Grande do Norte, Bahia, Ceará, Piauí e Pernambuco lideram o ranking
de empreendimentos instalados e continuam atraindo novos investimentos, mas
também em razão das ações dos governos federal, estaduais e municipais. o Chefe
da Casa Civil, Arthur Lemos afirma que o Rio Grande do Sul pode ser mais
competitivo no setor e atrair mais investimentos, mas precisa de força política.

“O Estado
tem capacidade para gerar 100 gigawatts de energia com ventos em terra. Em
alto-mar, beneficiado pela inexistência de barreiras para os cataventos
girarem, são mais de 114 gigawatts. “Se somarmos essas duas capacidades,
produzimos, hoje, apenas 5% do total da energia proporcionada pelos ventos.
Isso significa que temos uma área com muita possibilidade de crescimento. Além
disso, o porto do Rio Grande também pode ser um grande potencializador”,
explicou o chefe da Casa Civil, Artur Lemos.

  Já o governador
Ranolfo Vieira Junior destacou o montante de investimentos que a realização dos
projetos de energia eólica pode trazer ao Estado

“O Rio
Grande do Sul tem um grande potencial para a geração de energia elétrica a
partir de fontes renováveis, com destaque para a tecnologia eólica. Essa
assinatura representa isso e é um primeiro passo. Uma etapa muito importante
para o desenvolvimento do Estado, pois, se concretizados os dois projetos para
nossa costa, teremos investimentos na ordem dos R$ 100 bilhões, com uma geração
de emprego de 10 mil vagas durante a construção e 4 mil na operação”, afirmou o
governador.

A Ocean
Winds prevê em geração de 10 mil a 14 mil empregos na construção dos parques
eólicos offshore. Na operação, vão ser de 4 mil a 5,5 mil postos de
trabalho. As unidades terão capacidade de gerar 7,2 gigawatts

 “Nossa
expectativa é começar a operação até 2030. Neste momento, estamos em fase de
licenciamento junto ao Ibama. É um prazer assinar esta cooperação com o governo
do RS. Temos presença em todo o Brasil e acreditamos no potencial daqui. Será
uma nova indústria para a região Sul”, afirmou o diretor de desenvolvimento de
novos negócios da Ocean Winds, José Partida Solano

 A Ocean
Winds, uma joint venture das empresas multinacionais Engie (francesa) e EDPR
(portuguesa), tem cinco projetos no país, sendo dois deles no RS. Um deles está
localizado no Litoral Norte (nomeado Marinha de Tramandaí, com potencial de 700
megawatts) e o outro, em uma extensa faixa do Litoral Sul, de Tramandaí até
Mostardas (chamado de Ventos do Sul, com potencial de 6,5 gigawatts).