Na manhã deste sábado (08), Roberta Vanacor, chefe da Divisão Epidemiológica do Rio Grande do Sul, participou do programa Esquina Democrática da Rádio Acústica FM. Em entrevista ao comunicador Oberti Martins, Vanacor destacou as preocupações e medidas preventivas relacionadas à leptospirose, especialmente após as recentes enchentes no estado.
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Roberta Vanacor explicou que a leptospirose é transmitida por uma bactéria chamada leptospira, presente na urina dos ratos. As enchentes aumentam a contaminação do esgoto, expondo a população à doença ao entrar em contato com água de enchente e lama. Ela enfatizou a importância de proteção ao realizar a limpeza das casas, utilizando roupas que cubram todo o corpo, botas e luvas plásticas, ou, na ausência destes, sacos duplos nas mãos e pés.
Para auxiliar a população, a Secretaria Estadual de Saúde lançou um guia de orientação, detalhando como se vestir e quais produtos usar na higienização, como o hipoclorito de sódio (água sanitária). Vanacor também alertou para o risco de contaminação ao usar jatos de alta pressão durante a limpeza, recomendando proteção adicional para olhos e boca.
A gestora comentou sobre a alta letalidade da leptospirose, que pode chegar a 50% se não tratada rapidamente. Sintomas como febre, dor no corpo (particularmente na região lombar e panturrilhas), e falta de apetite devem ser sinais para procurar atendimento médico imediato. Ela destacou que o tratamento deve começar com a suspeita da doença, sem esperar resultados laboratoriais, e garantiu a distribuição do antibiótico necessário em todos os municípios afetados.
Vanacor também respondeu perguntas dos ouvintes, esclarecendo dúvidas sobre a transmissão da doença e o risco de contaminação por animais domésticos. Ela reafirmou que a prevenção é essencial e que a população deve estar ciente dos riscos e dos cuidados necessários para evitar a leptospirose.
