Após o anúncio da prefeitura de
Porto Alegre que prevê o uso facultativo de máscaras em ambientes fechados,
especialistas contestam a decisão e afirmam que ainda não era o momento de
abrir mão do equipamento de proteção nesse contexto da pandemia.
O virologista consultado pela
reportagem da Acústica FM, Fernando Spilki, afirma que não foi chamado para
esse nova reunião que contou com
participação do vice-prefeito Ricardo Gomes, do Secretário de Saúde Mauro
Sparta, também de Cezar Schirmer secretário do Planejamento e do Coordenador
da Vigilância em Saúde, e Fernando
Ritter: “a maioria dos cientistas foram a favor em ambientes abertos, as evidências
demonstram que é o ambiente, desde que não ocorra aglomeração, ao contrário para
ambientes fechados”, justifica.
A decisão desta sexta-feira (18),
ocorre exatamente uma semana após a prefeitura flexibilizar a utilização do
equipamento de proteção individual (EPI) em locais abertos. Para avançar e
permitir a desobrigação do uso de máscaras em lugares fechados, a administração
avaliou o cenário atual da pandemia como número de casos, internações
hospitalares e cobertura vacinal da população.
Fica mantida, no entanto, a
obrigatoriedade da proteção no transporte coletivo e nos estabelecimentos de
saúde, como hospitais, postos e clínicas. Escolas municipais e particulares
devem seguir o decreto e não mais demandar máscaras por parte de estudantes e
professores. A rede estadual tende a seguir o decreto do Piratini, que, por
enquanto, só permite dispensar a proteção ao ar livre.
A Procuradoria Geral do Estado
considera dentro da lei, a decisão da prefeitura de Porto Alegre em determinar
uso facultativo de máscaras em ambientes fechados. O repórter Airton Lemos
entrevistou o procurador-geral do Rio Grande do Sul, Eduardo Cunha da Costa,
que defendeu a autonomia do município em relação a decisão das máscaras: “não
há proibição ao município fazer a liberação nestes ambientes, desde que tenha
fundamentos científicos par a decisão”, afirma.
A decisão de flexibilização em
ambientes fechados no Rio Grande do Sul precisa passar por análise do Gabinete
de Crise: “seguiremos monitorando a pandemia, mas não há encaminhamento de decisão
para abertura geral no Estado”, afirma.