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Estado Islâmico ameaça atacar EUA e outros países de coligação

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O grupo extremista Estado Islâmico ameaçou nesta segunda-feira (16) fazer mais atentados, semelhantes aos de Paris, na sexta-feira (13), em outros países que integram a coligação internacional que bombardeia as posições do movimento no Iraque e na Síria.

Em um vídeo difundido na internet pela filial do Estado Islâmico na região iraquiana de Kirkuk e cuja autenticidade não pode ser confirmada, o grupo extremista afirmou que vai atacar os Estados Unidos, Austrália, Canadá e Bélgica, entre outros, “se continuarem os bombardeios contra os muçulmanos”.

“Digo aos países da coligação (liderada pelos EUA) que não vão continuar a viver em segurança até que os muçulmanos vivam em segurança nos seus países”, declarou um combatente do Estado Islâmico na gravação.

Sob o título “Até que chegou o castigo”, o vídeo começa com imagens dos meios de comunicação social sobre os atentados de Paris, seguindo-se as advertências de vários jihadistas jovens, que não se identificam.

Um deles pediu aos “crentes que sigam o exemplo dos irmãos [franceses] e ataquem os infiéis nos seus próprios lares [países]”. “Dizemos aos cruzados, especialmente à França, que não estarão seguros enquanto os seus aviões sobrevoarem os países dos muçulmanos. Isto (os ataques de Paris) foi uma simples resposta”.

Outro jihadista, armado com uma espingarda, sugeriu que os ataques podem ser feitos “com engenhos explosivos, tiros, facas, veículos, pedras…”. Ele lembrou os ataques feitos no passado no Canadá, Bélgica e Austrália e prometeu que o grupo vai continuar a espalhar o terror nesses países: “O que vem aí é pior e mais amargo”, avisou.

O terceiro combatente referiu-se aos EUA, onde – sublinhou – a população “não vai ter segurança até que os muçulmanos vivam em segurança”.

O vídeo foi difundido após um bombardeio, esta madrugada, da Força Aérea francesa contra a cidade de Raqa, principal reduto do Estado Islâmico na Síria, em resposta a vários atentados terroristas perpetrados em Paris e nos quais morreram pelo menos 129 pessoas e mais de 400 ficaram feridas.