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Estado registrou alta de furtos, homicídios e feminicídios em 2022

Foto: Valério Weege/Arquivo/Acústica FM
Foto: Valério Weege/Arquivo/Acústica FM

A Secretaria da Segurança Pública do estado divulgou o balanço
da criminalidade do ano de 2022. Os dados foram contabilizados entre os 497 municípios
gaúchos, da mesma forma que individualmente por cidade.

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O delito com maior evidência entre os registros foi crime de
furto, com 125.670 ocorrências durante todo o ano passado. Mensalmente, abril
ocupou o topo com a maior incidência deste tipo de registro policial. No quarto
mês de 2022, as autoridades contabilizaram 11.178 furtos em todo o território
do Rio Grande do Sul.

Já em segundo lugar no observatório, aparece o crime de
estelionato, com 91.308 ocorrências. Para este delito, março foi o mês com o
maior percentual de ocorrências. Fora mais de 8.600 registros.

Quando comparado com os dados de 2021, o crime de furto cresceu
9.2% no ano seguinte, enquanto a ocorrência de estelionato registrou uma queda
de 0,28% no mesmo período. Nos números gerais, dezembro e março somam os piores
índices destes tipos de crimes, respectivamente.

O balanço de 2022 também indicou aumento de casos de
homicídio e feminicídio no Rio Grande do Sul, em relação aos dados do ano
anterior. Em relação aos homicídios, foram registradas 1.706 mortes violentas
ao longo de 2022 no Estado, número maior que o contabilizado no ano anterior,
que teve 1.626 casos. O aumento é de 4,9%. Em Porto Alegre, o crime também
alta, passando de 249, em 2021, para 324, em 2022, o que representa crescimento
de 30,1%.

O crime de feminicídio também teve aumento na comparação
entre os dois anos, seguindo a tendência de alta observada para esse tipo de
ocorrência. O crescimento foi de 10,4%, já que foram registradas 96 mortes de
mulheres em 2021 e 106 em 2022.Nesta tarde, o governador Eduardo Leite
reforçou a necessidade de as vítimas registrarem as violências sofridas junto à
polícia, para que as autoridades possam prever ações de repressão e prevenção
ao crime.

A reportagem da rádio Acústica FM conversou com o governador Eduardo Leite, que demonstrou preocupação com os registros, em especial com os
crimes cometidos contra as mulheres.

É um tema especialmente complexo, porque é um crime que
ocorre dentro de casa na maior parte das vezes. Temos feito investimentos na
parte tecnológica, como o monitoramento de agressores por meio de tornozeleira
eletrônica e a ampliação das patrulhas Maria da Penha. Queremos especialmente
orientar as mulheres para que comuniquem agressões e ameaças à polícia, para
que possamos dar curso as investigações e a punição de agressores. O combate
também passa por uma mudança de cultura, para que as mulheres sejam
reconhecidas pela sociedade como iguais em direito, o que infelizmente ainda
não foi entendido por parte das pessoas — pontuou Leite.

Após a divulgação do material da pasta da segurança, uma
reunião foi realizada na tarde desta quinta-feira (12) para discutir os
resultados gerais de 2022, e também debater os quatro anos da implantação do RS
Seguro. O programa foi criado em 2019, no primeiro mandato de Eduardo Leite, e
tem por estratégia combater a criminalidade ao elencar os municípios mais
violentos do Estado, e concentrar neles as ações de repressão e prevenção.

Segundo o governo, nos últimos quatro anos, o total de
crimes violentos letais e intencionais (CVLI) ficou 33% menor do que os
registrados entre 2015 e 2018. Se antes foram contabilizadas 12.440 mortes,
agora o número é de 8.380. Essa redução representa 4.060 vidas preservadas
decorrentes da criação do RS Seguro