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“Estamos aqui para buscar recursos que nos prometeram há mais de um mês”, afirma agricultor em manifestação na capital

Agricultores familiares realizaram
uma manifestação nesta quarta-feira (16) em frente à Secretaria Estadual da Agricultura,
Pecuária e Desenvolvimento Rural, localizada na Avenida Getúlio Vargas, em
Porto Alegre. O grupo cobra medidas dos governos estadual e federal para
minimizar os efeitos causados pela estiagem no Rio Grande do Sul.

Os manifestantes começaram a chegar
pouco depois das 6h, com bandeiras e camisetas de entidades. A maior parte usava
máscaras de proteção contra a covid-19.

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A todo o momento chegavam
caminhões de diferentes regiões do Estado. A Empresa Pública de Transporte e
Circulação (EPTC) e a Brigada Militar acompanharam a manifestação.  A reportagem da Acústica FM ouviu o produtor
de alimentos orgânicos, Marcelo Webery, que reivindica recursos para combater a
estiagem: “ A seca não atingiu só orgânicos, mas todos os pequenos produtores
da região, estamos aqui para buscar nossos direitos, o recurso que nos
prometeram há mais de um mês”, critica o agricultor.

O protesto reúne trabalhadores da
Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Rio Grande do Sul
(Fetraf-RS), do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), do
Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), do Movimento dos Atingidos por
Barragem (MAB), da União das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia
Solidária (Unicafes) e do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do Rio
Grande do Sul (Consea-RS), com apoio da CUT-RS, além de movimentos urbanos e
sindicais.

O grupo aguarda a abertura dos
portões da secretaria. Entre as medidas cobradas, está a liberação de crédito e
auxílio emergencial, a criação de um Comitê Estadual da Estiagem e a anistia de
dívidas por parte do governo federal.

Segundo a assessoria de imprensa
do governo, a Secretaria da Agricultura estava disponível para atender a
comitiva dos manifestantes. O secretário adjunto Luiz Fernando Rodriguez Júnior
tentou uma reunião com o grupo às 10h. No entanto, os representantes do
movimento exigiram a presença do governador Eduardo Leite ou da Casa Civil.

Ao todo, 405 municípios já
decretaram situação de emergência no Rio Grande do Sul.  Mais de 350 cidades já tiveram a homologação
por parte do governo federal. De acordo com o boletim da Emater até o momento
cerca de 257 mil propriedades foram atingidas pelos efeitos da estiagem, além
de aproximadamente 17,3 mil famílias com dificuldades ao acesso à água.

O número de produtores atingidos
no cultivo de milho ultrapassou os 98 mil, acréscimo de quase 5 mil produtores
com perdas na sua produção em relação ao último levantamento, em soja, são
cerca de 88 mil produtores com redução na produtividade, ainda se enfatiza o
elevado número de produtores de leite, 33,1 mil com dificuldades na produção.

Airton Lemos

Sou repórter. Jornalista há 13 anos, formado pela Ulbra.

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