Nos últimos meses, o Rio Grande do Sul tem enfrentado um agravamento significativo da estiagem, afetando diversas regiões do estado e trazendo preocupações para o setor agrícola. Segundo dados da MetSul Meteorologia, a irregularidade das chuvas e a intensificação do calor têm gerado um cenário alarmante, com perdas consideráveis nas lavouras de soja, milho e tabaco.
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A estiagem, que já se instalou em várias áreas, é caracterizada por uma redução drástica nas precipitações, levando a uma escassez de água que impacta diretamente a produção agrícola. As lavouras, que dependem de um fornecimento adequado de umidade, estão enfrentando dificuldades, resultando em perdas que podem comprometer a safra e a economia local.
Os mapas meteorológicos indicam que a situação deve se manter crítica nas próximas semanas, com previsão de calor intenso e chuvas escassas. Os agricultores, que já lidam com a pressão das condições climáticas adversas, se veem diante de um desafio ainda maior, necessitando de estratégias eficazes para mitigar os danos.
A Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS) divulgou dados preliminares apontando uma possível quebra de 21% na safra de soja no Estado, devido à falta de chuvas regulares. O estudo, realizado pela Rede Técnica Cooperativa (RTC/CCGL), mostra uma redução na produtividade estimada, de 61 sacos por hectare para 47,8 sacos. Segundo Paulo Pires, presidente da FecoAgro/RS, as perdas são preocupantes e variam significativamente entre regiões e cooperativas, podendo oscilar entre 5% e 50%. As regiões mais afetadas, conforme monitoramento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), incluem Alto Uruguai, Fronteira Oeste e Missões, onde há perdas irreversíveis, especialmente nas áreas semeadas em outubro.
Além das consequências diretas na agricultura, a estiagem também pode afetar o abastecimento de água para consumo humano e animal, aumentando a preocupação com a gestão dos recursos hídricos no estado. Especialistas alertam que, se não forem tomadas medidas adequadas, o cenário pode se deteriorar ainda mais, exigindo uma resposta rápida e coordenada das autoridades e da comunidade.
Fonte: MetSul Meteorologia