Um medicamento experimental evitou metade das infecções por
COVID-19 que, de outra forma, teriam causado hospitalizações de pessoas, de
acordo com um estudo divulgado nesta sexta-feira (01). Os experimentos oferecem
a promessa de que o vírus possa ser tratado em breve com uma pílula. As
informações são do portal USA Today.
O antiviral molnupiravir, fabricado pela Merck & Co. e
Ridgeback Biotherapeutics de Miami, foi administrado a 385 pessoas em cinco
dias após o diagnóstico com COVID-19. Outros 377 pacientes voluntários com
teste positivo receberam um placebo.
Todos os participantes do estudo tinham ao menos um fator de
risco que poderia causar casos graves de covid-19. Eles tinham mais de 60 anos
ou tinham diabetes, obesidade ou doenças cardíacas.
O molnupiravir, originalmente criado por pesquisadores da
Emory University em Atlanta, é administrado na forma de quatro comprimidos. Os
pacientes devem toma-los duas vezes ao dia durante cinco dias.
Dos participantes que receberam molnupiravir, 28, o que
equivale a somente 7,3%, foram hospitalizados durante o estudo. Já no grupo que
recebeu o placebo, 53 pessoas, ou 14%, foram hospitalizadas e 8 delas morreram.
O estudo inicialmente envolveria outros 750 participantes,
mas um comitê de monitoramento independente decidiu que o remédio era tão
eficaz que seria antiético continuar dando um placebo a qualquer pessoa.
Os participantes do teste vieram de todo o mundo, incluindo
América Latina, Europa e África.
A droga se mostrou eficaz contra as variantes Gamma, Delta e
Mu.
As empresas devem solicitar em breve o uso emergencial do molnupiravir.