Estudo encontra 12 linhagens de coronavírus no Rio Grande do Sul

O número e os tipos de linhagens de coronavírus (SARS CoV-2) em circulação no Rio Grande do Sul estão divulgados no Boletim Genômico publicado pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) nesta semana. Foram identificadas 12 linhagens de coronavírus e sete sub-linhagens. A linhagem B1.1.33 é a mais prevalente, seguida pela B.1.1.28 e P.2. A linhagem P.1., que atinge os Estados do norte do Brasil, não aparece nos estudos feitos em amostras de exames da população gaúcha.

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O documento apresenta os resultados do sequenciamento genético de 220 genomas do coronavírus. As mutações de vírus são frequentes e não representam necessariamente uma alteração na ação do vírus. O objetivo é identificar os tipos em circulação para monitoramento e controle da transmissão, vacinação e tratamento. As mutações podem, por exemplo, alterar as características do vírus e impactar no quadro clínico e na resistência às vacinas.

Todos os pacientes do Norte tratados em hospitais gaúchos estão sendo testados. Os profissionais da saúde que têm ou tiveram contato com os pacientes também estão sendo monitorados. Com relação às 12 linhagens identificadas no Estado, não há estudos mostrando se as respectivas características de transmissibilidades ou gravidade são iguais ou diferentes entre si.

Para a elaboração do Boletim Genômico, foram utilizadas informações de amostras coletadas entre 9 de março de 2020 e 7 de janeiro de 2021 em exames RTP-CR de moradores de 53 municípios gaúchos (19 exames não apresentaram registro de local de residência). A maioria dos exames foi realizada pelo Laboratório Central do Estado (Lacen/RS) e pelo Laboratório de Microbiologia Molecular da Universidade Feevale. Os dados foram enviados à Rede Genômica da Fiocruz e ao Laboratório Nacional de Computação Científica.

Conforme a diretora do CEVS, Cynthia Molina Bastos, a Vigilância Genômica em doenças virais respiratórias é um passo adiante para o reconhecimento das linhagens de vírus que estão circulando. Segundo ela, existe um banco de dados internacional chamado Gisaid, com sede em Munique, na Alemanha (www.gisaid.org), onde virologistas que trabalham com influenza e coronavírus, por exemplo, inserem informações sobre todas as novas linhagens descobertas.

A equipe técnica do CEVS que trabalha com vigilância genômica pesquisou nesse banco de dados para formatar o boletim. “Essa atualização tem que ser rápida e muito dinâmica, porque as mutações de um vírus são silenciosas e a mesma pode fazer um vírus ficar mais leve ou acarretar em uma doença mais grave”, salienta Cynthia.

A avaliação detalhada da distribuição de diferentes linhagens serve, portanto, para o desenvolvimento de vacinas ou medicamentos, ou ainda para a identificação dos fatores de transmissibilidade ou quadro clínico da doença. São estratégias que unem ciência e tecnologia a serviço da saúde.

Texto: Ascom SES

Redação de Jornalismo

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