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Estudo inédito aponta que 52% dos condutores mortos no RS estavam irregulares

Foto: Ilustração/Pixabay
Foto: Ilustração/Pixabay

Motoristas e motociclistas alcoolizados, sem habilitação ou
com a CNH suspensa, cassada ou bloqueada foram mais da metade dos condutores
mortos no trânsito do RS no período de 2018 a 2020. Na véspera do seu
aniversário de 25 anos, o DetranRS divulga um estudo inédito, que vai permitir
melhores diagnósticos e estratégias mais eficientes de combate à
acidentalidade, possibilitado por uma ferramenta de BI (business intelligence).

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Para o levantamento Quantitativo de Condutores e
Motociclistas Irregulares entre os Mortos Decorrentes de Acidente de Trânsito
no RS entre 2018 a 2020, o DetranRS analisou 2.043 condutores que morreram em
acidentes cruzando informações do Consultas Integradas da Secretaria da
Segurança Pública (SSP), cadastro de condutores e sistema de penalidades do RS,
além da base de resultados dos testes de alcoolemia nos exames de necropsia do
Instituto-Geral de Perícias (IGP).

O estudo observacional transversal constatou que 1.066 (52%)
tinham pelo menos uma das situações elencadas como irregulares contra 977 (48%)
considerados em situação regular. O percentual de irregulares entre os
condutores mortos em acidentes foi exatamente igual para motoristas e
motociclistas.

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O índice de mulheres irregulares entre as condutoras mortas
no trânsito é menor (38%) que entre os homens (53%) e a faixa etária que mais
preocupa são os jovens: 73% dos condutores de até 20 anos que morreram no
período estavam irregulares. Com relação ao local, dia e hora dos acidentes que
mais registraram condutores irregulares mortos, destacam-se as noites e
madrugadas dos finais de semana nas vias municipais (veja gráficos).

O diretor-geral do DetranRS Marcelo Soletti ressaltou que o
estudo corrobora impressões anteriores, mas que agora se confirmam com dados.
“Dirigir sob o efeito de álcool, não ter iniciado ou finalizado o processo de
habilitação e estar com CNH bloqueada devido à suspensão ou cassação do direito
de dirigir são condutas de risco importantes para a ocorrências de trânsito.”

Educar para mudança

Diza Gonzaga, diretora institucional do DetranRS, ressalta
que esse tipo de diagnóstico só vem confirmar o que já sabíamos, deixando ainda
mais clara a importância da Educação como caminho na busca da transformação
dessa realidade. “Nos países onde já se verificam reduções significativas
no número de sinistros e de mortes e feridos no trânsito, a Educação tem sido a
principal ferramenta para se obter estes índices. A Engenharia, o Esforço Legal
só terão sucesso quando tivermos a população consciente e educada para uma
cultura de preservação da Vida, o que já é preconizado no Programa Visão Zero
implantado na Suécia e recentemente trazido pelas autoridades de transito da
Senatran para o nosso país. O Estado tem que cumprir seu papel, por isso, nossa
missão é promover a educação para o trânsito de forma permanente, contribuindo
para a construção dessa cultura em defesa da Vida. Entre os trabalhos
realizados e frentes de atuação, destaca-se no RS a criação da Escola Pública
de Trânsito do DetranRS, que oferta cursos, atividades, encontros e vivências
para os mais diversos públicos: ciclistas, pedestres, professores,
profissionais da área de trânsito, credenciados, tanto presencialmente quanto
na modalidade de ensino online. Mas ainda temos muito por fazer”, destaca Diza
Gonzaga.

Business intelligence

Soletti chama a atenção para a ferramenta que permitiu as
análises, que vão servir de base para a tomada de decisões estratégicas, dentro
do método Visão Zero, trazido da Suécia para o Brasil, que será adotado aqui no
Estado também. “O BI ajuda as organizações a analisar um grande volume de dados
e cruzar informações de várias fontes, trazendo resultados impossíveis de se
obter sem a ajuda da tecnologia.”

O DetranRS prepara a contratação de uma nova ferramenta para
disponibilizar as análises para qualquer pessoa interessada, diretamente do
site, trazendo maior transparência e abrindo a possibilidade de contribuições
da sociedade para a solução dos problemas do trânsito, em especial a
acidentalidade.

Texto: Detran-RS