O Instituto-Geral de Perícias (IGP-RS) foi mais uma vez fundamental na identificação de um estuprador em série, que atuava no município de Vacaria. Peritas da Divisão de Genética Forense do Departamento de Perícias Laboratoriais, notaram a semelhança no modus operandi do agressor sexual descrito pelas vítimas nos Boletins de Ocorrência. Ele agia da mesma forma: ingressava em residências onde moravam idosas ou mulheres sozinhas (entre 50 a 85 anos de idade), e cometia violência sexual e física. Como o ato acontecia no escuro, além das ameaças e violência, as vítimas não conseguiam ver o rosto do criminoso.
Após a análise de DNA dos vestígios de agressão sexual apontarem para um mesmo autor em seis casos de agressão sexual, as peritas entraram em contato com a Polícia Civil (PC) de Vacaria e informaram a coincidência. A partir disso, a Polícia Civil (PC) de Vacaria chegou ao homem de 42 anos suspeito de cometer uma série de estupros contra mulheres. Tratava-se de um pintor, que também realizava trabalhos de jardinagem, e morava no bairro São José, em Vacaria. Conforme a PC, o criminoso foi preso na última quinta-feira em Palhoça, Santa Catarina, onde passou a noite antes de ser conduzido para Vacaria.
O crime de agressão sexual está entre os crimes de maior reincidência do agressor e de menor notificação pelas vítimas, constantemente coagidas moral e fisicamente. Além disso, frequentemente a única prova material disponível é o material biológico do agressor depositado no corpo da vítima.
Atualmente, além de análises de DNA envolvendo vestígios criminais, o IGP também realiza a coleta e inserção no Banco de Perfis Genéticos do DNA de condenados por crimes hediondos e de natureza grave contra a pessoa, em cumprimento a Lei nº 12654/2012.
