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Ex-ministros da Saúde serão os primeiros a depor na CPI da Covid

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De terça a quinta-feira, a CPI da Covid ouvirá os ex-ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandeta, Nélson Teich e Eduardo Pazuello, além do atual titular da pasta, Marcelo Queiroga, e do diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres. O relator da CPI, senador Renan Calheiros (MPB-AL), estruturou um plano de trabalho para investigar as ações do governo no enfrentamento à pandemia, com as vacinas, insumos para tratamento e combate à crise, atribuindo as responsabilidades ao colapso da saúde em Manaus com a falta de oxigênio, a atenção aos índios e a utilização dos recursos.

Para o senador Marcos Rogério (DEM-RO), a CPI não pode chegar com um pré-julgamento. O primeiro passo é investigar e apurar as responsabilidades.

“Avançando-se as investigações, precisamos revelar à população brasileira o que fez o Governo Federal e o que fizeram os estados e os municípios brasileiros. E a partir daí, formar a convicção se houve erro, onde houve, quem errou e qual a medida de culpa de cada um, e, sobretudo, identificar eventuais fraudes, eventuais casos de corrupção”.

O cientista político da Universidade de Brasília (UnB), Murillo Medeiros, diz o que o governo e a oposição devem fazer daqui para frente.

“Cabe ao governo e aos seus aliados a contra argumentação e apresentar os fatos, porque quem não deve não teme. Então, cabe ao governo montar uma boa estratégia com linha cronológica, com os fatos e esclarecer todos os pontos que serão citados pela oposição. E cabe à oposição apontar erros e mostrar caminhos de melhorias. A CPI deve servir como um campo de esclarecimento para a sociedade e apontar, também, eventuais culpados”.

O também cientista político Rafael Favetti segue a mesma linha. Segundo ele, a oposição deve voltar o olhar para as possíveis falhas do governo na adoção das medidas de combate ao novo Coronavírus.

“A demora na compra das vacinas e a segunda delas é uma decisão equivocada em tratamentos precoces em medicações sem comprovação. Então, essa é a linha básica da oposição para levantar estas questões. Já a situação, o governo, tende a direcionar a CPI para o volume de dinheiro que transferiu para os estados e municípios”, explica.

Renan Calheiros quer investigar quais foram os critérios dos repasses de dinheiro feitos para os estados e municípios e a falta de fiscalização do Ministério da Saúde.