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Ex-prefeito de Camaquã conta como município se recuperou após enchente de 95

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A história enchente de 1995, que neste mês de dezembro completou 25 anos, foi assunto de entrevista no programa Esquina Democrática deste sábado (26), na Acústica. O prefeito de Camaquã na época, Hermes Rocha, foi o convidado do programa, que deu detalhes sobre os danos sofridos pelas ações da natureza.

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As dificuldades financeiras e o trabalho incansável dos servidores municipais, foram pontos destacados por Rocha durante a entrevista. As precipitações que ultrapassaram os 400mm, deixaram um rastro de destruição na cidade.

Confira abaixo a entrevista na íntegra:

Relembre detalhes sobre a enchente devastadora de 1995:

Faltando poucos dias para o Natal, moradores de diversos pontos da cidade foram afetados por uma chuva inesperada, que despejou a maior precipitação em 24h já registrada no município. Ruas alagadas e moradores lutando para salvar o pouco que restou após a invasão das águas nas residências.

Na tarde desta quarta-feira (23), quando o desastre completa 25 anos, um dos engenheiros da Associação dos Usuários do Arroio Duro (AUD), João Viegas, concedeu entrevista ao programa Redação Acústica, onde relembrou a tragédia e comentou sobre as ações que ocorreram na cidade, para evitar que novas cheias atingissem o município. Uma das iniciativas, foi a construção da Barragem Maria Ulguim, que tem como objetivo principal, segurar as águas da chuva e evitar que avance para o perímetro urbano, nos períodos de grandes precipitações.

Acompanhe como foi a entrevista com João Viegas:

A forte correnteza das chuvas daqueles dias 23 e 24 de dezembro de 1995, devastou propriedades rurais, deixando um rastro de prejuízo também na área da agricultura. Açudes não comportaram a pressão de tanta água, e acabaram se rompendo, aumentando ainda mais o prejuízo ocasionado pelos alagamentos.

Na BR-116, famílias se aglomeravam a espera de ajuda, enquanto lamentavam profundamente, a devastação em moradias que ficavam em áreas próximas da rodovia, principalmente no bairro Getúlio Vargas, onde boa parte dos moradores ficou desabrigada. Pela sanga do Passinho, uma grande correnteza escoava e o transbordamento do arroio, fazia com que a água avançasse por todas as ruas do bairro.

O Arroio Duro invadiu a área do CTG Camaquã, que ficou inacessível devido a ação das águas. Uma ponte de concreto que fica naquelas proximidades, ficou abaixo da água e o receio era que fosse arrastada pela ação violenta das águas.

Uma das cenas impactantes, foi o acidente com uma Ford Belina de cor cinza, que foi arrastada pela correnteza que descia incessantemente do bairro Vila Nova, em direção a Capitão Adolfo Castro. O veículo foi parar com as rodas para cima, bem nas proximidades do Portão Boa Viagem.

O maior registro visual dos efeitos da enchente, foi captado pelas lentes do camaquense Elio Copes. Ele percorreu diversos pontos alagados com sua câmera, que registrou o acontecimento que ficou para a história da cidade.

Aquele Natal foi marcado pelo desconsolo de famílias que perderam tudo que tinham, pela ação devastadora da natureza. Assista abaixo, as imagens captadas por Elio Copes, que relembram os efeitos daquela enchente na cidade: