Em entrevista concedida ao programa “Esquina Democrática” da Rádio Acústica FM, o ex-presidente do Hospital Nossa Senhora Aparecida, Otávio Morais, apresentou informações sobre questões financeiras e operacionais da instituição. Durante a entrevista realizada na manhã do último sábado (07), o ex-presidente explicou que atrasos no pagamento aos anestesistas e a redução dos recursos do contrato do programa Assistir decorreram de medidas de gestão e políticas contratuais, ressaltando a necessidade de adotar práticas que priorizem a continuidade dos serviços hospitalares.
Otávio Morais relatou que, ao assumir a presidência do hospital, sua equipe realizou um estudo da situação financeira e revisou os contratos vigentes. Durante seu mandato, foram implementadas ações que incluíram o aumento do teto MAC e a reestruturação dos pagamentos, visando reduzir o déficit acumulado.
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O ex-presidente destacou que parte dos atrasos nos pagamentos aos anestesistas ocorreu por conta do parcelamento das dívidas, o que, em um período de 36 meses, resultou em seis meses de atraso. Essa explicação foi apresentada como forma de contextualizar os dados divulgados em notas oficiais recentes.
Segundo Otávio Morais, o contrato firmado com o programa Assistir, iniciado em 2019, sofreu reduções no aporte financeiro decorrentes de ajustes feitos pelo estado do Rio Grande do Sul. Em outubro, houve uma diminuição no valor repassado, fato que agravou o déficit previamente projetado para o hospital.
Ele apontou que, somado ao impacto financeiro trazido pelo período de pandemia, a redução dos recursos pode comprometer a manutenção dos serviços essenciais, como os atendimentos de urgência e emergência.
Durante a entrevista, Morais enfatizou que a gestão hospitalar deve concentrar esforços na busca de soluções, sem se prender à atribuição de responsabilidades isoladas. Otávio Morais ressaltou que os sintomas apontados – atrasos e reduções de recursos – exigem que gestores, autoridades municipais e estaduais articulem medidas para a recomposição dos valores comprometidos e para a continuidade dos serviços. Essa postura, segundo ele, é fundamental para que a instituição atenda adequadamente à população, sem que políticas internas ou alterações contratuais sejam objeto exclusivo de críticas.