O ex-presidente do Vasco Eurico Miranda morreu nesta terça-feira aos 74 anos, vítima de um câncer. O jurista, que também foi deputado estadual pelo Rio de Janeiro, foi internado nesta manhã no hospital Vitória, na Barra da Tijuca, zona oeste da capital fluminese, por conta de complicações no estado de saúde, mas não sobreviveu. Atualmente, ele exercia o cargo de presidente do Conselho de Beneméritos do clube carioca.
Apaixonado pelo Vasco da Gama, Eurico entrou para a história do futebol como um dos dirigentes mais controvertidos do esporte.
Nos últimos anos, encarou também tumores na bexiga e no fígado e se tornou presidente do Conselho de Beneméritos do clube.
Tendo atuado desde 1969 em vários cargos na agremiação, entre eles o de diretor de futebol nos anos 80, Eurico foi presidente do Vasco em duas gestões, entre janeiro de 2002 e junho de 2008 e entre dezembro de 2014 e janeiro de 2018.
Nos anos 80, ficou conhecido por ter trazido de volta o maior ídolo do clube, Roberto Dinamite, que três meses antes se transferira para o Barcelona.
Não tendo se adaptado na Espanha, Roberto decidiu voltar e, percebendo a possibilidade de o jogador se transferir para o Flamengo, Eurico agiu com rapidez para confirmar seu retorno à equipe vascaína.
A partir desse episódio, ele ambicionou a presidência, tendo sido derrotado duas vezes naquela década por Antônio Soares Calçada.
Eurico, no entanto, foi ampliando sua influência no Vasco e, mesmo como vice-presidente, nos anos 90, já detinha maior poder de decisões do que o próprio Calçada, em mais uma de suas gestões como presidente.
Miranda foi presidente do Vasco em dois períodos, de 2001 a 2008 e de 2014 a 2017. Na posição, foi tricampeão carioca, em 2003, 2015 e 2016. Ele deixa a esposa Sylvia, os filhos Eurico Brandão, Álvaro Miranda, Mário Ângelo Miranda e Sylvia Miranda, e oito netos.
