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Fábrica de Etanol em Cristal será construída a partir de março

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O Governo do Estado e a empresa Vinema assinaram, nesta quinta-feira (10), no Palácio Piratini, protocolo de intenções para viabilizar o investimento na instalação de seis novas biorrefinarias no Rio Grande do Sul. Na primeira etapa, com uma planta na cidade de Cristal, serão investidos R$ 120 milhões dos R$ 720 milhões previstos para a totalidade do projeto. “Estamos reafirmando a nossa confiança e nosso voto de apoio a esta iniciativa. Ela vai ampliar o mercado para o arroz gaúcho em momentos de dificuldade de produção e preço”, disse o governador em exercício, Beto Grill.

O evento contou com a participação do secretário de Desenvolvimento e Promoção do Investimento, Mauro Knijnik, da Fazenda, Odir Tonolier, e em exercício da Agricultura, Claudio Fioreze, além do sócio-proprietário da Vinema, Vilson Neumann Machado, além do presidente da Federarroz, Renato Rocha. Pelos planos da companhia, também seriam instaladas unidades nas cidades de Cachoeira do Sul, Capão do Leão, Dom Pedrito, Itaqui e Santo Antônio da Patrulha. “Não será por falta de apoio e incentivos que este investimento não se realizará. Queremos dar condições para que o etanol seja competitivo no Rio Grande do Sul”, disse Grill.

As novas unidades irão incrementar a produção gaúcha de etanol utilizando o arroz, produto típico da agricultura gaúcha. Parte do programa de descentralização de investimentos, o projeto passou pela Sala do Investidor, estrutura do Sistema de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Sul para coordenar e agilizar as ações de investimento no Estado. “O compromisso da Política Industrial é ajudar os setores tradicionais do Estado a agregar valor a sua produção. No caso deste projeto, apresenta-se uma oportunidade para os produtores de arroz, além de permitir a ampliação da oferta de etanol no Estado, que é baixa”, ressaltou Knijnik. 

O Rio Grande do Sul traz, de outros Estados, 98% do etanol que consome. De acordo com o sócio da empresa, Vilson Machado, a construção da primeira unidade, em Cristal, começaria em abril, com previsão para entrar em operação no primeiro semestre de 2014.  As outras devem estar prontas dentro de oito anos. “O Rio Grande do Sul precisa apoiar empresas novas. Viemos para trazer desenvolvimento. Nosso processo produtivo vai permitir o aproveitamento da produção de cereal e de culturas marginais”, explicou.

O projeto conta com o apoio e o acompanhamento técnico da Federarroz. “É um dia histórico. O projeto garante a sustentabilidade da produção de arroz”, afirmou o presidente da entidade, Renato Rocha. A capacidade de produção anual total das unidades será de, aproximadamente, 600 mil m³ de etanol, 475 mil toneladas de CO2 e 21 mil toneladas de óleo fúsel a partir de cereais, além da geração de energia elétrica utilizando a casca de arroz. A tecnologia também permite processar outras culturas, como sorgo e cevada.