Falta de chuvas prejudica semeadura dos grãos de verão

A falta de chuvas e o baixo nível de muitas reservas hídricas têm prejudicado a semeadura dos grãos de verão no Rio Grande do Sul. Foi o que apontou o levantamento semanal sobre as principais culturas e criações do Estado divulgado pela Emater/RS-Ascar, nessa quinta-feira (06). 

Os produtores de arroz, por exemplo, encontram dificuldades no planejamento do próximo plantio devido ao nível extremamente baixo das barragens e açudes. Em boa parte das regiões produtoras, a situação das reservas de água continua inalterada, com a maioria dos municípios apresentando menos de 50% da capacidade máxima de irrigação. Em Arroio Grande, alguns produtores vão substituir as áreas de arroz por soja, devido à falta de água nos reservatórios. 

Mesmo com o déficit hídrico, os orizicultores prosseguem com os trabalhos de preparo do solo. Na Fronteira Oeste e em parte da Campanha, essa prática está quase concluída e, com o aquecimento esperado para o mês de setembro, os produtores deverão iniciar a semeadura para otimizar o uso da água. A antecipação da semeadura para setembro tem o objetivo, também, de evitar a concentração da semeadura nos meses de outubro e novembro, quando a meteorologia prevê a ocorrência de chuvas mais intensas, o que dificultaria o plantio. 

O baixo volume de precipitações nas regiões Norte e Noroeste do Estado fez com que alguns produtores de milho parassem com a semeadura da cultura, esperando o retorno da umidade ao solo. Mesmo assim, em áreas isoladas, onde a umidade ainda é suficiente, o trabalho de semeadura da nova safra transcorre normalmente, e o desenvolvimento inicial das lavouras é considerado bom. 

No Planalto (região de Passo Fundo), a situação não difere muito, com as áreas destinadas à cultura do milho dessecadas e os agricultores aguardando apenas o retorno da umidade ao solo para retomar a semeadura, ou mesmo iniciá-la. Nesta época, o Estado já deveria ter plantado, em média, cerca de 20% da área destinada ao cereal. Segundo informações recebidas dos escritórios regionais da Emater/RS-Ascar, esse percentual chega a 15% do total projetado para esta safra, o que representa aproximadamente 150 mil hectares. 

Assim como o milho, o feijão é outra cultura que começa a tomar impulso no processo de semeadura da nova safra. Entretanto, a falta de uma umidade mais elevada no solo fez com que a semeadura não evoluísse de forma mais efetiva. Mesmo assim, os produtores já conseguiram cobrir cerca de 12% do total previsto, ficando um pouco abaixo da média para esta época, que seria ao redor de 15%. 

Para as lavouras de trigo, que estão entrando com mais intensidade nas fases de floração e enchimento de grão, as condições climáticas têm sido benéficas, com a cultura apresentando desenvolvimento muito bom, conforme relato de produtores e de técnicos da Emater/RS-Ascar. As expectativas de produção são boas e o preço mantém-se elevado. Lavouras com alto potencial tecnológico mantêm a perspectiva, por enquanto, de rendimentos acima de 2.400 quilos por hectare.

Redação de Jornalismo

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